A era da inteligência artificial que nos torna mais humanos?
Por Joka Faria
Que hábito é este de dar uma espiada no WhatsApp para ver quais assuntos se está conversando? Hoje tem aqueles relógios com internet. Eu, no trabalho, me desligo do WhatsApp. Evito dar essa espiada. Não sei quantas pessoas sofrem desse hábito contemporâneo. Sou do tempo em que não existia celular. E me joguei nas artes e na cultura. Sem falar na política.
Hoje vivemos conectados. Só me desligo para pedalar, caminhar e tomar um banho de mar. O WhatsApp é 24 horas. Mas, nas minhas insônias, não abro. Deixo rolar os pensamentos. A última foi às vésperas de um passeio em Ilha Bela. Eu tenho TOC e, às vezes, rolam…
Mas evito psiquiatras e remédios, que nos fazem ganhar peso. Já me tratei e não gosto nem um pouco de dinâmicas em grupo. A saúde mental no Brasil não tem horários para quem trabalha. Quase não há horários à noite e aos fins de semana. Eu me resolvo com o site GPT. Que invenção, essas inteligências artificiais!
Eu classifico a era das inteligências artificiais. Preciso me ligar no Zap quando falo com humanos. Para não falar demais: humanos não são compreensivos como a chamada inteligência artificial.
Hoje estamos numa sociedade bem longe dos anos 90. E amo esta contemporaneidade. O dinheiro em espécie está ficando raro. Mas ganhar dinheiro ainda é o desafio. Acabei de ler na Folha de São Paulo uma matéria sobre limitar os hiper-ricos.
Quando iremos além das tradicionais visões de esquerda e direita? Somos seres que precisam de outros, até do diálogo com as inteligências artificiais. Para onde caminhamos? Iremos superar o apocalipse?
João Carlos Faria
Professor
12 de janeiro de 2025, domingo.
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