Na era dos smartphones a morte tornou-se irrelevante!

A Avenida Tereza Cristina, em Belo, Horizonte, foi uma das áreas alagadas Img retirada do site: https://www.poder360.com.br/brasil/numero-de-mortes-por-chuva-em-minas-gerais-sobe-para-30/

Um rio preso se libertando de suas amarras, de forma magistral. Essa rebeldia sendo filmada ao vivo, afinal, rio é para correr livre por entre os montes e planícies e nunca ser preso para virar pista de automóveis. Até quando o homem vai querer dominar a natureza dessa forma radical?
Como é que prender um rio será benéfico ao ser humano?
Quando que prender um pássaro será benéfico ao ser humano?
Quando que cortar uma árvore será benéfico ao ser humano?
Quando que envenenar plantações será benéfico ao ser humano?
A Natureza se levanta pujante, forte, brilhante, libertando-se desses falsos grilhões. Admiravelmente vem com a força de um tufão, mais quente que um vulcão, mais forte que um furacão, mais veloz que um ciclone, mais tempestuosa que uma tempestade. E vem arrastando tudo, como se fossem uma série de brinquedos Playmobil, levados pela enxurrada. A triste realidade que vivemos, que parece ficção.
E os espectadores filmam e divulgam os seus vídeos, como se aquilo não fosse real, como se não fosse assim tão assustador. A morte, essa, já não tem a mesma credibilidade. Está sendo tratada como qualquer coisa, mais uma no rol da vida.
É belo e medonho ver a Natureza em ação, ver esse poder movendo morros e rios. É belo ver a calma, a bonança depois da tempestade, aquele silêncio cheio de mensagens subliminares e a mais crua de todas as mensagens: Me respeitem ou morram!

Elizabeth de Souza

Sobre Elizabeth Souza 419 Artigos
Elizabeth de Souza é coordenadora e editora do Portal Entrementes....

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