Viva Zé Celso Vivo
Joka Faria celebrando a vida de um artista
Eu deveria estar estudando gramática para concursos – Mas Viva Zé Celso Vivo, um dos artistas mais extraordinários de nossa contemporaneidade. Esta tal gramática que nos desafia em meio a professores, só se fala em concursos e estudos. Minha alma de artista, embora sempre esquecido, me faz saldar Zé Celso. Séculos e séculos pelo teatro em sua breve vida. É estranho que em meus sonhos recentes sonhei com Silvio Santos. Os dois tinham uma disputa entre utopias x capitalismo. Dois grandes artistas, comunicadores em posições antagônicas. Como numa canção de Edu Planchêz “Para que tanto dinheiro?”. Como sempre digo, temos três estômagos? Viveremos mil anos?
Tudo aqui é passageiro, este ator e diretor era o caos, o kaos de Mautner. Com seu teatro UZYNA UZONA Oficina. Harley Campos, que deve estar atuando com Zé em alguma montagem na dimensão intermediária, em vida foi discípulo de Zé.
E trouxe este caos ao nosso interior Valeparaibano com uma cena teatral riquíssima desde o início do século vinte. Neste caos da vida só me sobra a arte da escrita. Cadê meu cinema? Meu teatro? Minhas canções?
Escrevemos sem parar, fazemos videos sem parar. Não aponte o dedo em riste contra nossas artes. Fazemos o que podemos fazer, é o que nos sobra neste latifúndio. Tive o prazer de conversar com Zé Celso que me tratou com respeito e como artista.
Esta lenda, tornou-se mito.
Assim celebremos Zé Celso, numa imensa Celebração ao Renascimento da Poesia e do Humanismo. E que os saraus retornem às ruas. E estamos nus diante da ausência física deste mito de nosso teatro, Zé Celso vivo em nossas almas.
João Carlos Faria
Seis de Julho de 2023, Inverno
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