8 filmes que retratam o Carnaval do Rio
Desde clássicos e documentários a animações e comédias, o Carnaval carioca já foi cenário de diversas produções do cinema e o DIÁRIO DO RIO listou algumas delas
Por Larissa Ventura -14 de fevereiro de 2021
O filme “Rio” mostra a cultura do Carnaval carioca | Foto: Reprodução – trailer Rio
Até quem não gosta de Carnaval sabe que a folia é uma das principais referências do Rio de Janeiro. Milhares de turistas vêm anualmente visitar a cidade e conhecer uma cultura tão marcante como o Carnaval carioca. Mas, nesse ano, em meio a uma pandemia, vale destacar as vezes (e não foram poucas), que o Carnaval foi parar nas telonas. Pensando nisso, o DIÁRIO DO RIO listou oito entre os diversos filmes que mostram essa grande festa.
Apaixonados – O filme
Lançado em 2016, o filme conta a história de três casais que se conhecem e se apaixonam durante o carnaval do Rio de Janeiro. Cassia, uma porta bandeira, e Léo, um jovem médico, se encantam depois de horas juntos, presos em um elevador. Só que ao saírem de lá percebem que não tem o contato um do outro.
Já Soraia e Hugo se veem num bloco de rua, mas ela é da comunidade e ele um homem rico e mimado. E Uítinei, uma divertida vendedora de cerveja, se apaixona por Scott, um gringo que odeia carnaval e faz de tudo para ir embora do Brasil no meio da folia, mas tudo dá errado para ele.
Tendo o Carnaval como pano de fundo que une as histórias, a trama teve locações como a quadra da Grande Rio, a Marquês de Sapucaí e a Cidade do Samba.
Fevereiros
Responsável por registrar a vitória da escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira em 2016, que teve um enredo homenageando a cantora baiana Maria Bethânia, o documentário mostra os preparativos da escola no barracão.
Além disso, a produção acompanhou a cantora nas festas da Nossa Senhora da Purificação, na Bahia. Ao transitar pelo Recôncavo baiano e o carnaval da Mangueira, o longa estabelece pontes entre o Rio de Janeiro e a Bahia, apresentando questões históricas como o surgimento do samba, tolerância religiosa e racismo.
Orfeu
Lançado em 1999, Orfeu é um filme brasileiro baseado na peça Orfeu da Conceição, do poeta Vinícius de Moraes. Com trilha sonora de Caetano Veloso, o longa insere a lenda de Orfeu e Eurídice no contexto do Carnaval carioca.
A adaptação ambientou a em uma favela do Rio de Janeiro, na época do Carnaval e é uma história romântica sobre o amor impossível de Orfeu, um compositor de escola de samba, e a jovem e bela Eurídice. O amor entre eles é puro e verdadeiro, mas impedido de acontecer por Lucinho, chefe do tráfico local, obcecado pela jovem, que perseguirá o casal.
As imagens do Carnaval foram captadas no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, com a escola de samba Viradouro, de Niterói.
Orfeu do Carnaval
Mais um filme inspirado na lenda de Orfeu e Eurídice, lançado em 1959, o longa também se passa no Carnaval. Orfeu é condutor de bonde e sambista do morro e se apaixona por Eurídice, uma jovem do interior que vem para o Rio de Janeiro fugindo de um estranho fantasiado de Morte. O belo amor de Orfeu por Eurídice desperta a ira da ex-noiva do galã, Mira, e a Morte acompanha tudo de perto.
Rio
Lançado em 2011, Rio fez um sucesso enorme. A narrativa conta a história de Blu, uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi parar em Minnesota, nos Estados Unidos. Lá é criada por Linda, com quem tem um forte laço afetivo.
Um dia, Túlio entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio de Janeiro. Blu retorna com Linda para a cidade maravilhosa, onde conhecem Jade. Só que ela é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o conhece.
O casal de araras é capturado e, em meio ao carnaval carioca, com direito a desfile de escola de samba na Sapucaí, tentam fugir e voltar para casa.
Trinta
O longa é uma biografia do carnavalesco Joãosinho Trinta, que traça o retrato do artista a partir dos anos 1960, quando se mudou do Maranhão para o Rio de Janeiro a fim de se tornar bailarino do Theatro Municipal. A narrativa vai até 1974, ano em que ele assume o posto de carnavalesco da Acadêmicos do Salgueiro, tradicional escola de samba do carnaval carioca.
Do anonimato à consagração, Trinta aborda a amizade e o rompimento de Joãosinho Trinta com o cenógrafo e carnavalesco Fernando Pamplona, o preconceito sofrido dentro da própria família e a inveja despertada no barracão.
O samba que mora em mim
O documentário “O samba que mora em mim” é ambientado no Morro de Mangueira, no período do pré-carnaval. O ponto de partida é a quadra da escola de samba, lugar do reencontro da diretora Georgia Guerra-Peixe com sua própria história. É no inicio do documentário, em primeira pessoa, que a diretora conta o que o carnaval sempre significou na sua família e na sua vida. Da quadra, ela parte para subir o morro pela primeira vez, movida pelo desejo de ir além do samba.
Pai em dobro
Para fechar a lista, um lançamento mais recente… “Pai em Dobro” é um produção deste ano e conta a história de uma jovem de 18 anos que tenta realizar seu grande sonho: conhecer o pai. Então, durante o Carnaval, ela vai tentar encontrá-lo.
Ainda que o Carnaval seja apenas o pano de fundo da história, o clima de alegria e leveza típicos da folia estão presentes no filme. Vale citar que um ponto importante da história é a sede do fictício bloco Ameba Desnuda, no bairro de Santa Tereza, que torna ainda mais presente o clima da folia carioca.
Larissa Ventura
Jornalista, radialista e produtora de conteúdo, apaixonada por cultura, turismo e pelo Rio
Fonte: Diário do Rio
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