Sonhos de Francisco – Contos do Vale do Paraíba

Minha história

Sou Marcelo Fernandes dos Santos, nascido em São Paulo capital. Vim morar em São José dos Campos com 9 anos de idade. Hoje tenho 38 anos. Sou casado e tenho 1 filha de 2 anos e meio. Gosto de literatura e de natureza, eu sou apaixonado pela nossa região, por ter tantas riquezas naturais e culturais. Sou poeta e agora escritor. Gosto da poesia e da cultura dos povos, assim também acabei me envolvendo com a história. Sou uma pessoa alegre e otimista, mas firme em decisões… acabo gerando conversas longas…

Sou graduado em Filosofia pela Unisal, e também pós-graduado em administração e planejamento educacional pela Univap. Meu colégio técnico foi em Meteorologia na Univap. Atualmente faço processos gerenciais na Metodista por EAD. Já fiz teatro e poesia estampada na fundação Cultural Cassiano Ricardo. Trabalhei em colégios da Rede Salesianas de São Paulo e no colégio Nossa Senhora Aparecida. Trabalhei também na Universidade Metodista com EAD nos cursos de filosofia, ciências sociais, gestão pública, pedagogia e teologia. Trabalhei em Hotel e empresa de informática na área administrativa.

Eu comecei no colegial com interesse pela área exata, mas ao fazer faculdade, acabei gostando mesmo pela humana, e descobri um lado meu para escrita, expor e descrever sentimentos. Quando namorava, na adolescência, gostava de escrever bilhetinhos, por guardanapos, até escrevi em carteiras na escola, que a pessoa respondia. Eu estudava a noite, e a pessoa da manhã deixava colado embaixo da carteira e trocávamos bilhetes. Na faculdade, eu já comecei então a escrever poesias. Quando trabalhei nos colégios eu cheguei a escrever nas festas de homenagens para professores e pais. Tenho uma poesia no anuário da Univap. Mas depois fiquei um bom tempo sem escrever, quando me casei e tive minha filha. Ao ficar desempregado, fizemos a opção de eu cuidar da minha filha até conseguir algo, pois a creche estava muito caro. Comecei de novo a ler mais, e escrever novamente. E começou um gosto maior pela literatura da região do Vale, li todos os livros de Monteiro Lobato, e outros autores como Clarice Inspector. Tomei o gosto pela literatura infantil e até hoje me comove nas leituras, inclusive a Turma da Mônica do Maurício de Souza.

Com o meio ambiente, eu comecei no colegial, no curso de meteorologia, eu adorava ver as imagens, gosto de contemplar o céu, acho lindo o furacão visto por satélite. Tivemos muitas matérias de aquecimento global, e acabei se interessando pela causa. Quase trabalhei no Inpe, mas a vida mudou os rumos e fui voltar a refletir o assunto depois no trabalho no colégio, que fiz alguns projetos que cuidava do meio ambiente, principalmente no colégio Nossa Senhora Aparecida, com os 8 jeitos de mudar o mundo da ONU. Hoje por causa do livro, busco os princípios e também entendo que é pela educação que conseguimos mudar a degradação de nosso planeta, que é nossa casa coletiva.

 Em relação aos desenhos, como não tenho recursos para pagar um ilustrador, não consegui uma editora que aceitasse o projeto, fui meter “as caras”, sabia um pouco de coreldraw, fui fazer os desenhos. Minha cunhada ajudou a montar os personagens em EVA, fizemos para ter em mãos, ai resolvi passar para o digital. Tirei fotos e montei no Corel o desenho. Depois montei o cenário da região do Vale do Paraíba, com montanhas e as árvores, inclusive a Araucária. Coloquei os personagens e os bichos da região. No final ficou bem colorido e simples, tipo a Peppa, as crianças olham e gostam por serem coloridos. Depois comecei a fazer alguns vídeos e tirinhas da história.

A idéia do livro iniciou com a convivência com minha filha. Este é um caso a parte, porque não sabia nada de cuidar de criança, só meu gosto por criança, sempre gostei de ficar perto, no colégio sempre me dei bem com criança. Mas cuidar, trocar frauda e dar papa, foi uma aprendizagem… Fiz curso de pós em gestão educacional, mas uma coisa é teoria, depois teoria para educar na escola, agora dia a dia, é uma aprendizagem na prática. Criança muda muito de uma semana para outra. É uma alegria, mas requer cuidados, que digam as professores de creches… Então nesta convivência desenhos 24hs em casa, tudo infantil. Minha cabeça começou a girar… e vi na TV cultura, que por sinal é o único canal em casa, o desenho do Thomas e seus amigos, uma história de locomotivas que foi criado por um pai para seu filho. Interessei-me e fui buscar sua história, e veio a idéia porque não criar a minha. Li a história do Walter Disney, que encanta todos, adorei. Li a história de Monteiro Lobato e também do Mauricio de Souza. Estes dois últimos, eu aprofundei um pouco, um que fez história na região, depois a Turma da Mônica, que foi criado o desenho pelo Maurício. Não tenho o dom dele de desenhar, mas muito me inspirou para criar minha história do livro.

Busquei uma direção do livro, não queria só criar uma história, busquei no método de Monteiro Lobato, a crítica da sociedade. Então fiz a história com identidade do povo da região do Vale do Paraíba, busquei na internet artigos sobre o autor, histórias da região, da cultura caipira e dos desdobramentos históricos da região. Decidi contextualizar no período mais importante das cidades, a formação dos povos, o período tropeiro. Quem não tem um parente mineiro, ou que tem um visinho mineiro? E como o período do café foi importante, e também o transporte, por mulas e carroças. Eu me envolvi com nossa natureza, as belezas da região, que no decorrer da história está perdendo espaços para as cidades. Isso tudo contribuiu para criar a primeira história. Depois criei a história do ECA, o estatuto da criança e do adolescente, que ainda não me dediquei para publicar, que fala dos direitos humanos. Será um projeto futuro. E fiz uma homenagem a Nossa Senhora Aparecida, que também é importante para nossa região, que fiz com os mesmos personagens principais do livro, a descoberta da história da Imagem achada no Rio Paraíba do Sul.

O livro fala de três crianças que viajam pela imaginação da contação de história de uma árvore. Eles são de Minas Gerais, Francisco é o líder, depois Zezinho, o caipira preguiçoso, e a Maria, aquela que acalma as situações. Eles encontram a Coruja Sofia que apresenta à senhora Jequitibá. Ela por ser muito antiga sabe de muitas histórias, e começa a contar a história dos tropeiros no Vale do Paraíba. As crianças vivem a história, passar a participar e interagir conhecendo os animais da região, alguns em extinção, e também se encanta com as belezas do Vale. No final, eles decidem serem amigos da natureza, passam a defender a região.

Ao terminar a história, descobri que o livro tinha um punho ambiental e poderia fazer a diferença numa escola. Comecei a divulgar e as pessoas gostaram da história e diziam que estavam aprendendo sobre a região. Então decidi criar um projeto em cima do livro. Montei um projeto para ser financiado pelo Fundo Municipal de Cultura pela fundação cultural de São José dos Campos, para levar a história nas escolas municipais. Mas o projeto não foi aprovado, então decidi levar para frente este projeto com recursos próprios. Fiz alguns produtos como camisetas, brinquedos, Almofadas para arrecadar recursos financeiros. E atualmente estou buscando parceiros para patrocinar o projeto, estou aberto a parcerias e também contratação do meu trabalho. Ao ver os objetivos da ONU para decênio, eu uni o útil e o agradável, montei um embasamento do meu projeto nos 8 jeitos de mudar o mundo e nos 17 objetivos sustentável, montei um projeto de educação ambiental, como cuidar do planeta, tendo atitudes sustentáveis. Tenho divulgado pelas redes sociais e também pessoalmente, estou começando, o projeto foi iniciado ano passado. Mas agora com a chegada do livro impresso, estou trabalhando mais intensamente na divulgação do projeto. Este ano a igreja católica e algumas igrejas protestantes se uniram para defender os biomas do Brasil, a campanha da fraternidade 2017. Esta ação caiu como luva para mim, o livro fala sobre os biomas, então montei uma contação com foco na biodiversidade da região e do Brasil. Eu já apresentei em escola infantil e também fui algumas vezes no Gacc como voluntário, é sempre uma experiência impar!

Eu tenho um audiobook no youtube para divulgar meu trabalho, tenho um arquivo digital que também divulgo a história e o livro. Mas estou preparando para vender no amazon e sites de vendas o pdf feito pela gráfica. No momento só tenho os produtos para vender pelas redes sociais, como facebook, instagram e linkedin.

Eu comecei toda pesquisa do livro pela internet. Busquei desde livros em pdf, artigos científicos, e noticiais da região. Fui garimpando conhecimentos e histórias. Descobri alguns projetos que me inspiraram a confeccionar o próprio, projetos de todo o Brasil, como SOS Mata Atlântica, Parques Ecológicos, Reservas ambientais do Brasil todo. Busquei agências como WWF, Greepace, INPE e ONU. Neste caminho também encontrei escritores da nossa região que me ajudaram a escrever como Itamara Moura, Ricardo Martins, Rita Elisa Seda, Sonia Gabriel e Lixa Palosa. As fotos não puderam colocar no livro impresso, devido aos direitos autorais. Mas em todo material gratuito eu coloquei fotos dos animais e de lugares. Algumas fotos são minhas, outras são cedidas por amigos e parentes. Algumas são de sites que coloco a fonte. Tudo que pesquisei foi inspirado em experiências minhas com a região do Vale, já morei em Lorena, tenho parentes em Taubaté, Tremembé, São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra e conheci quase todos regiões do Vale deste Bananal até Igaratá. Nestas viagens colhi informações e histórias, incluse de Minas, que conheço pessoas de Passa Quatro, São Lourenço, Conceição dos Ouros, Piranguinho, etc…

Compartilho a contribuição do Músico Pedro Freire, que ajudou a criar a música do livro. Ele tem sido generoso em ajudar na parte musical. Que por sinal é um ótimo músico de nossa região, ele é de Tremembé,SP.

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