Outono, a morte pula o muro da escola
Joka Faria em reflexão
Mais uma vez estamos chocados com as invasões em escolas e a morte de crianças, professoras e funcionários de escolas. Como diria Renato Russo em uma canção, vivemos em um mundo doente. Ontem só fui ver a notícia à noite, estava dobrando minhas aulas. A educação a cada dia que passa, percebo como é complexa esta profissão, que nunca foi um sacerdócio. É uma profissão acadêmica onde devemos estar estudando sempre. Não sei o que os pensadores dizem de tanta violência. O cidadão simplesmente pulou o muro e matou a sangue frio.
E as escolas não param para fazer uma reflexão? Estas barbáries não devem tornar-se uma rotina num país totalmente violento. Não devemos normalizar a BARBÁRIE.
Fiquei em silêncio até a tarde de hoje, em reflexão. Comentei com as colegas de trabalho. Como lidar com uma situação assim?
A educação é um desafio diário, hoje e sempre. Não é só aprendizado, mas sim aprender as convenções sociais e as regras de convívio que se chamam os combinados desde a educação infantil ao doutorado.
A sociedade atual vive surtos de violência. Tantas mortes. E a escola é parte da sociedade e acaba chegando esta violência. Quando iremos parar para fazer uma reflexão, se paramos numa pandemia? E o ódio chega através de atos covardes. Este na creche de Blumenau em Santa Catarina, foram canceladas as aulas. Mas cabe um debate sobre segurança nas escolas e acaba sendo mais uma tarefa nas redes escolares e no chão da escola – Debater a segurança da unidade escolar.
Este caos provocado pela extrema direita não só no Brasil mas no mundo, está piorando mais ainda esta crise do sistema capitalista.
Como iremos sair deste caos?
João Carlos Faria
Professor e escritor
6 de Abril de 2023
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