Morrer é descanso
Terrível é dor de um corpo que cai.
Inferno não é desgraça
Eternidade sim é uma condenação.
Ser, seria bom
Mas existir é uma repetição sem graça.
Amar é bálsamo
O absinto nos retêm, por tempo indeterminado.
E assim a vida passa
Um pouco por dia
Só pra ver se no final
Juntam-se todos os dias num só momento…
Deslizando por entre as curvas do caminho
Até chegar ao ponto
Em que o grito preso na garganta
Possa ser a única forma
De protesto contra o si mesmo
Sem ensimesmar-se…
Elizabeth de Souza
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