No dia 30 de junho de 1908 às 7h14 na planície siberiana, região de Evenkia, (Rússia) pessoas que habitavam nas proximidades viram uma luz como a do sol, descer do céu. Depois de alguns minutos, após um relâmpago no céu, ouviram um estrondo que vinha de uma região próxima ao rio Pldkamennava Tunguska. Era um barulho ensurdecedor, muito mais do que um trovão. A onda do choque chegou a derrubar as pessoas que estavam sentadas em suas cadeiras, quebrou vidraças numa cidade a dezenas de quilômetros da explosão. Até mesmo em alguns locais da Europa pode-se ouvir o barulho. Alguma coisa, de grandes proporções havia acontecido naquela remota região da Sibéria.
Por alguns dias a noite ficou clara naquela região. Uma claridade resultado da poeira que havia sido lançada na atmosfera da Terra.
O povo dessa região é chamado de Evenki ou Tungu e é a maior população nativa da Sibéria. É um povo nômade tribal, cuja religião é o Xamanismo.
Não houve tanto interesse no que aconteceu e só em 1921 e 1922 é que o cientista soviético Leonid Alekseevich Kulik, da Estonia organizou uma expedição até o local para descobrir o que havia acontecido. Kulik, apesar de não poder chegar tão perto do local da explosão devido as condições do terreno, (árvores arrancadas com as raízes), pode concluir:
“o meteorito caiu na vizinhança do rio Ogniya, um afluente na margem esquerda do rio Vanavara, que é um afluente da margem direita do rio Podkamennaya Tunguska (Hatanga)”
Passado cinco anos Kulik descobriu que o local da explosão era cerca de 50 Km do rio Ogniva.
Em fevereiro de 1927, outra expedição saiu de Leningrado (hoje, São Petesburgo) e no dia 13 de abril encontrou o local do incidente e ficaram atônitos diante do que viram: cerca de 40 Km do ponto da explosão haviam árvores que foram arrancadas do chão, com suas raízes. Não restou nenhuma floresta e sim uma imensa clareira. Cerca de 2500 metros quadrados da floresta siberiana tinha sido completamente destruídos.
No dia 27 de junho de 1938 foi feito o primeiro levantamento aéreo da região afetada pela explosão e foram tiradas fotos mostrando a devastação da floresta, mesmo depois de terem sido cobertos pela vegetação, devido ao tempo que já havia passado.
Qual seria a causa dessa explosão tão grandiosa? Um cometa? Um asteróide?
O evento Tunguska como é chamado, instigou a imaginação humana e são várias as explicações sobre o assunto. E são variadas as alternativas do que possa ter acontecido. Algumas hipóteses até que bem coerentes e outras totalmente incoerentes.
Entre elas:
– Foi levantada a hipótese de que o evento explosivo ocorrido em Tunguska teria sido provocado por um meteoro de antimatéria ao colidir com a espessa atmosfera inferior da Terra.
– Foi sugerido que um mini buraco negro teria colidido com a Terra provocando a explosão ocorrida em Tunguska.
– Também foi sugerido que a explosão em Tunguska teria sido causada pela súbita liberação, de gás natural que explodiu, gás esse que estaria preso na crosta da Terra naquela região. Não há provas de que existisse esse gás no local.
– Acidente alienígena
Nenhuma dessas hipóteses levantadas, foram comprovadas, portanto é difícil afirmar alguma coisa.
Acredita-se pelos pesquisadores oficiais que tenha sido um meteoro que explodiu na atmosfera, numa altitude que varia entre 3 e 10 quilômetros, sem tocar no chão. O tamanho desse meteoro calcula-se que o mais provável que tinha cerca de algumas dezenas de metros de diâmetro. Ao detonar, a energia liberada pode ter sido maior que a de uma bomba nuclear mil vezes maior do que a lançada em Hiroshima. E o tremor que causou é calculado hoje, baseado nos registros das estações sísmicas, como tendo atingido 5.0 na escala Richter.
O cientista russo, Edward Drobysheski recentemente apresentou uma resposta que se julga a mais adequada até então. Uma nova tese sobre o evento, de que seria a passagem de um grande cometa, de raspão sobre a atmosfera terrestre, arrancando a parte superior da mesma, o que possibilitou a caída de parte do material do cometa, no solo. Esse material ficou aquecido com o atrito na atmosfera e como possuía elementos químicos voláteis, explodiu. Uma explosão equivalente a uma bomba química, com muita potência e única presenciada pela humanidade.
Passados 109 anos desse acontecimento, a região que ainda é bastante despovoada continua a mostrar os sinais daquela misteriosa explosão.
Elizabeth de Souza
Baseado no site:
http://www.assombrado.com.br/2017/01/o-misterio-sobre-tunguska-pesquisadores.html
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