Água me amedronta
Me rodopia
Me deixa tonta
Fico de longe a espiar
Com medo de desabar
Cair por terra
E chegar ao mar.
Água me arrepia
Fico sem ar
Some o sentido
E me ludibria
Fico então de longe a espiar
Com medo de desaguar
Cair em tentação
E lhe amar.
Água me deixa estática
Me paralisa
Me faz ficar
De longe a espiar
Com medo de enliquidar
Cair em transe
E lhe devorar
Sugar?
Beber?
Tomar?
Não sei!
Armar um cerco
Cair em armadilha
Num redemoinho, em ondas
E AMAR
E A – MAR
DEMAIS.
Ademais
Você é água
E eu tenho sede
E eu tenho medo
De água de mar.
Elizabeth de Souza
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