Falar de REVOLUÇÃO – Ultimamente é sinônimo de desgraça e de ignomínia.
É uma referência de “coisa errada” diante desse conservadorismo exacerbado e do moralismo extremista que assistimos morbidamente, sem fazer nada. Mas acredito que sem revolução não tem como a humanidade sair da sua mesmice. Muitos eventos históricos para o progresso da humanidade, só foram possíveis graças aos revolucionários e não aos reacionários, esses, que hoje brotam como ervas daninhas no meio da plantação, acabando com todos os alimentos para o corpo e para a alma. É muito triste assistir a decadência humana chegar a esse ponto. Espero que aconteça alguma coisa no Universo para desencadear o nosso despertar desse sono letárgico que nos obriga a caminhar como zumbis pelo mundo, sem esperanças.
Segundo os alquimistas, o fogo é a matéria prima que origina e fortalece a inteligência e a sabedoria humana, intelectualmente diferente dos animais. A origem do fogo é contada através de mitos em todas as culturas: indiana, germânica, celta, eslava, pré-colombiana, etc
Gostaria de mencionar o mito de PROMETEU, o primeiro revolucionário dentro do universo mitológico e simbólico. Aquele que roubou o fogo dos deuses para dar aos homens, num sinal claro do seu amor pela humanidade. Os revolucionários possuem essa característica fundamental: O amor à humanidade!
A rebeldia de Prometeu foi contra as injustiças e as forças da Natureza e vemos nele a encarnação do amor à liberdade dos seres humanos. É o herói que em sua trajetória sacrifica-se e enfrenta o indizível para beneficiar a humanidade.
Então, através desse amor, vem a solidariedade, a justiça e a misericórdia para com aqueles que precisam e estão numa situação de fragilidade. Estamos precisando mais do que nunca da revolução em todos os níveis: Revolucionar a maneira de pensar, de sentir, de agir e para isso é preciso mexer com o conhecimento, história, política, economia, sociedade, e principalmente a mente e o coração das pessoas. Revolucionar para a liberdade – Sem revolução não há criação e nem vida para se viver com gosto. Só haverá desgosto, descrença e desesperança num mundo sem revolução.
Coloco abaixo, um pouco da história do Mito de Prometeu, pra gente não esquecer, que é preciso mexer no sistema, na organização e nos padrões estabelecidos, para melhorar alguma coisa e isso exige sacrifícios. Mas SACRIFÍCIO, significa SACROS OFÍCIOS. Estamos nesse mundo, passeando e participando de um grande teatro. Então, vamos apreciar a paisagem e fazer alguns SACROS OFÍCIOS, para melhorar o cenário e o conteúdo da história.
Elizabeth de Souza
A figura trágica e rebelde de Prometeu, símbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais presentes na cultura ocidental.
Filho de Jápeto e Clímene – ou da nereida Ásia ou ainda de Têmis, irmã de Cronos, segundo outras versões – Prometeu pertencia à estirpe dos Titãs, descendentes de Urano e Gaia e inimigos dos deuses olímpicos. O poeta Hesíodo relatou, em sua Teogonia, como Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo para entregá-lo aos homens. Fez do limo da terra um homem e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida. Para castigá-lo, Zeus enviou-lhe a bonita Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser aberta, espalharia todos os males sobre a Terra. Como Prometheus resistiu aos encantos da mensageira, Zeus o acorrentou a um penhasco, onde uma águia devorava diariamente seu fígado, que se reconstituía.
Lendas posteriores narram como Hércules matou a águia e libertou Prometeu. Na Grécia, havia altares consagrados ao culto a Prometeu, sobretudo em Atenas. Nas lampadofórias (festas das lâmpadas), reverenciavam-se ao mesmo tempo Prometeu, que roubara o fogo do céu, Hefesto, deus do fogo, e Atena, que tinha ensinado o homem a fazer o óleo de oliva. A tragédia “Prometeu acorrentado”, de Ésquilo, foi a primeira a apresentá-lo como um rebelde contra a injustiça e a onipotência divina, imagem particularmente apreciada pelos poetas românticos, que viram nele a encarnação da liberdade humana, que leva o homem a enfrentar com orgulho seu destino.
Prometheus significa etimologicamente “o que é previdente”. O mito, além de sua repercussão literária e artística, tem também ressonância profunda entre os pensadores. Simbolizaria o homem que, para beneficiar a humanidade, enfrenta o suplício inexorável; a grande luta das conquistas civilizadoras e da propagação de seus benefícios à custa de sacrifício e sofrimento.
30102017
Fonte: http://www.nomismatike.hpg.com.br/Mitologia/MitoGrega.html
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