O homem do gato amarelo
Minha porta entreaberta
nos inexatos segundos da linha do tempo
presente
É uma viagem pelo espaço
trafegando pela quarta vertical
Um ponto matemático
calculado nos pelos de um gato amarelo.
Os gatos, seres fantásticos
animal/deus com olhos brilhantes
deslizam sorrateiros pelas multidimensões
carregando seus aliados, por en-cantos ocultos
E seus “donos” (gatos não tem donos)
são companheiros de viagem
no espaço/tempo
do norte para o sul, desnorteados
do leste para o oeste seguindo o sol dourado
E entre o laranja, o negro e o amarelo
perdem-se
por entre nuvens aleatórias
ensimesmando aventuras banais
desenhando histórias sem início meio ou fim
e como Alice, atravessam o espelho
para morrer como Narciso, no lago sombrio
de um mundo surreal.
Elizabeth de Souza
09-09-2020
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