Liberdade – Igualdade – Fraternidade
Dedicado a Pedro Ronchi
O povo nas ruas lutando por liberdade, igualdade e fraternidade, numa França em crise, no Século XVIII. Uma revolução que foi um marco para todo o sempre com a busca pelos direitos sociais e liberdades individuais, uma causa universal.
E foi assim que aconteceu a Revolução Francesa, com muitos “vândalos” botando fogo pra todo lado. E foi assim a “Queda da Bastilha” a comemorar os direitos do homem, num processo revolucionário inspirado nos ideais do pensamento iluminista, que defendia o uso da razão, a separação entre Igreja e Estado e o método científico. Caramba, mas aqui no Brasil estamos vivendo exatamente o contrário: a falta de razão – o uso hipócrita dos versículos da bíblia, destruindo o estado laico, num conluio entre neo-petencostais e milícia – negação da ciência, da cultura, da arte e todo o conhecimento. Tudo isso acontecendo no Brasil em pleno Século XXI. Eita! cadê os iluministas?
É, parece que ainda estamos na idade média, precisamos urgentemente iluminar os nossos pensamentos com o fogo e aprender com a Revolução Francesa, que ficou no passado distante, mas ainda não chegou por aqui.
Na Franca, uma das primeiras causas da Revolução foi a desigualdade social, além da crise econômica e política. E aqui?
Em 14 de julho de 1789 o povo em Paris rebelou-se e atacou a Bastilha, prisão onde ficavam todos os que se opunham ao regime absolutista. Essa ação ficou conhecida como “A Queda da Bastilha” em que o povo tomou a prisão e isso foi o marco da Revolução Francesa e deu ânimo e fôlego para espalhar a revolução por todo o país.
E o povo ao tomar a bastilha, não foi com “notinhas de repúdio”, mas com fogo e luta para derrubar o que os oprimia. E eram os revolucionários e não vândalos. A luta por liberdade é inerente a natureza humana – manifestações e protestos são necessários e isso não é vandalismo.
Hipocrisia nossa achar que vamos vencer os nossos opressores com “notinhas de repúdio”…precisamos mais do que isso.
Solidariedade a família do senhor João Alberto Freitas, assassinado nessa quinta feira (19-11) dentro do Carrefour em Porto Alegre
Um negro assassinado na véspera do dia da Consciência Negra, lamentável. Mas neste país, as mortes violentas em decorrência do racismo, acontecem todos os dias!
Elizabeth de Souza
2020
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