Entre dores e amores
Ouvi aquele pranto no meio da noite. Algo parecia desabar entre soluços convulsivos. Minha intuição indicava que alguma coisa terminara. Seria um amor? Possivelmente. Já vivi essa experiência de uma dor tão doída. De faltar o chão e a respiração. Mas, uma tarde de outono levou-me a uma reflexão e apaziguou-me o coração.
Da janela do meu quarto observava a leveza das folhas a cair no quintal. Movidas por uma brisa suave, dançavam pra lá e pra cá, como se estivessem perdidas no tempo e no espaço.
Esse movimento me fez refletir sobre a impermanência das coisas e a alternância dos ciclos que vão e vêm, como as folhas.
Elas caíam, mas a árvore que ornamentavam permanecia em pé, enfrentando, com sua nudez, os rigores do inverno. Com paciência, aguardava a nova estação, pronta para recobrir-se com o manto multicolorido da primavera.
Pensei, com o meu coração, como as folhas se assemelham aos amores perdidos. Nós somos como as árvores. Se nossas raízes estiverem bem fincadas no solo, sempre haverá esperança de novos afetos.
Por Gilberto Silos
Todas as dores do mundo, são nossas dores, assim como é o amor.
Lindo!
Beleza de comentário, Beth. Grato pela sua gentileza.
Abraço fraterno
Gilberto
Que suavidade nas palavras, que sutileza no tema!
Beleza de comentário, Edvania. Grato pela sua gentileza.
Abraço fraterno
Gilberto
Que delicadeza de texto? Como não se apaixonar?
Que delicadeza de texto! Como não se apaixonar?
Sempre sensível aos sentimentos, temos que aprender a ouvir nosso interior. Parabéns amigo