Entrementes resistindo na trincheira da cidadania

Entrementes resistindo na trincheira da cidadania

 

O ativismo digital é uma vertente nas lutas sociais e culturais neste século. Um bom vídeo, textos bem construídos em redes sociais como o instagram são fundamentais na mobilização de uma comunidade. Acabei de ver um video bem elaborado de Jessica Marques do PSOL, sobre a questão da licitação do transporte público em São José. Outro ativista que vem produzindo um material de qualidade e impacto é Franklin Maciel. Estamos em um momento em que os partidos políticos estão desacreditados e o PSOL ganha legitimidade nas lutas sociais, construindo uma liderança assim como outras.
Hoje percebi a carência da comunidade da região leste da cidade, sobre o fechamento para reforma da agência da Caixa Econômica Federal. E rapidamente, mesmo com erros de grafia e concordância, fiz um texto no whatsapp e mandei para meus contatos na rede. Para ativistas da direita à esquerda. Acredito que São José dos Campos tem um vácuo na oposição ao governo do PSDB, no segundo mandato. É preciso se criar forças de reflexão e ação. Em um lançamento de livro com cobertura do Entrementes, foi me falado de um grupo de ativistas da área da cultura que começa a se reunir. Estas questões são urgentes na sociedade. Ainda não vi uma movimentação respeitável na questão das terceirizações das creches municipais. Só vejo minhas movimentações sobre o tema. Falta um engajamento dos professores. Só debates nos grupos de whatsapp não ajudam na construção de uma cidade onde a cidadania se faça valer. Hoje pensei na necessidade de um grupo de whatsapp na região em que moro, para posteriormente grupos reais se encontrarem. O jogo de interesses no fazer político é sempre enorme. Uma agência de banco num bairro ajuda a comunidade a se desenvolver. Assim como a questão da mobilidade.
O Entrementes está em uma nova fase com um site mais simples, mas resistindo na trincheira da cidadania. Acho uma imensa vaidade na atualidade a palavra “artista’. Todos devemos buscar o letramento e nos expressarmos nas variadas formas artísticas. Assisti a um Globo Rural que mostrava a região do Vale do Paraíba de São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto devemos superar esta nossa cultura do individualismo e aprendermos a partilhar as utopias. O tempo sempre urge, mas a poesia está em nossas almas. Toda ação social é uma ação poética. Devemos usar com sabedoria estas tecnologias de comunicação, sites, redes sociais. Falta comida em muitos lares e devemos aprender a produzir o pão de cada dia. A natureza está em fúria nestes tempos, por causa da degradação ambiental. Situações como a COVID, gripes e uma pandemia que entra em seu terceiro ano. Um apresentador de tv fez esta ponderação neste último domingo. A luta é muitas vezes braçal no dia a dia da criação de sites como este da escritora, professora e jornalista Elizabeth de Souza. Estamos na árdua luta contra nosso próprio individualismo. Tentando desvendar as técnicas de como falar com a população, juntar-se forças contra os males neoliberais. Precisamos aprender a criar postos de trabalho, com criação de cooperativas nas periferias do Vale e Litoral Norte. Criar espaços nas comunidades para a reflexão como foi a Estação Cidadania.

 

Joka Faria, 10 de Janeiro de 2021

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