A Fogueira Sob o Noturno Véu

por Gustavo Souza Silva

Na canção da mais bela filha de Illuvatar;

A elfa caminhava suavemente sobre uma clareira;

E graciosamente ficava por muitas horas a dançar.

E lendo tal conto, um poeta se lembrou da fogueira.

 

 “Havia algo melhor que a chama que o esquentava?”

Um contemplador intrigado com aquela noite lhe dizia.

“Mas é claro”, respondia o poeta ao que se alegrava:

“Havia aquela dama que docemente sorria.

 

Aquela que sobre o vestido usa uma armadura;

Mas possui uma alma graciosa dentro de seu ser.

Aquela que passa uma alegria que por tanto perdura;

E que consegue criar momentos difíceis de esquecer.

 

Ó, contemplador, por acaso você a viu dançando?

Notou naquela dama um riso feliz e contagiante?

Observou naquela dança em que ela estava girando;

A essência dos mais antigos espíritos dançantes?

 

Então, fiquei a sós com ela desde o adeus da canção;

Até aquele momento de carinho à presença da fogueira.

Apenas gostaria que o tempo tivesse me dado atenção;

E congelado o relógio naquela noite que me permeia.”

 

Ó, caro poeta, vejo que suas palavras são reais.

Quisera eu uma dama assim em minha vida corriqueira.

Por ora, ficarei a contemplar a vida e as coisas naturais.

Oh! Gostaria eu de ter tal visão daquela fogueira!

Gustavo Souza Silva

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