A sinfonia das ondas
Eis-me aqui na Praia de Pitangueiras, Guarujá. À frente aquela imensidão de oceano. Acima um sol glorioso, como são todos os sóis. Mar e sol formam um conjunto perfeito. Um feito para o outro.
Fecho os olhos e me ponho a ouvir a sinfonia das ondas quebrando na praia. A melodia e o ritmo dão a ideia de eternidade. Algo que a mente racional é incapaz de compreender.
Homem e natureza são metáforas recíprocas. Dizem os estudiosos da metafísica que os ritmos do ser humano – sístole e diástole, inspiração e expiração – encontram-se também no Universo. Como é no Macrocosmo é no microcosmo.
A busca da verdadeira harmonia passa pelo ajustamento desses ritmos, no homem e no Universo. Talvez, quando conhecermos nossa verdadeira identidade, a realidade interna que somos, esse ajustamento se concretize. Mas, essa utopia implica autoconhecimento.
Autoconhecimento? Parece algo muito distante da mente comum. Habituamo-nos – ou fomos condicionados? – a conhecer somente nossa realidade externa: aquelas formas e circunstâncias percebidas somente pelos nossos sentidos físicos e interpretadas pela mente.
O conceito de autoconhecimento abunda nos livros de autoajuda, o que o torna alvo de subestima. Porém, ele pode ser muito mais transcendente. Talvez ele seja aquela “pérola de inestimável valor” mencionada nos Evangelhos. Ou, quem sabe, o “Fogo dos Deuses” roubado por Prometeu.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Conhecer a verdade a nosso respeito, encontrar nossa essência, é a mais gloriosa forma de libertação.
Depois de algum tempo, quase sonhando, abro os olhos. Vejo as ondas indo e vindo. Elas querem me dizer alguma coisa…
Por Gilberto Silos
Imagem do site: https://portalguaruja.tur.br/atracoes
Muito linda a descrição da Praia de Pitangueiras, parabéns amigo