Formosa donzela
Espreita nossos colóquios…
Olhamos um para o outro
Sem nada ver
Verbas até mim
Com passos faceiros
Recebo tuas letras
Embrulhadas para presente
As palavras flutuam no plasma!
Poderosa donzela Revela-se entre nós.
Embebido em vinhos e bacanais
Tu estás
Dividido em mil tarefas
Multiplicadas
Pelas somas ou subtrações do dia a dia.
Esquivo-me dos atos nobres e fúteis
Busco nas entrelinhas do verbo
A morte pela cruz
E o renascer ao terceiro dia…
Quem sabe até Criar asas
e sobrevoar a matrix
Lá está a donzela
Espiando nossas delicadezas
Esperando a plena claridade
Minha e tua
Em admitir
Que somente ela
Pode nos libertar
Desse monstro de nós mesmos.
Elizabeth de Souza
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