Adeus, Twitter!
Uma noite de velório!
O sábado amanheceu com o céu azul e um sol alaranjado. Depois de uma noite de velório, esperando o final do Twitter no Brasil, nesta sexta-feira à noite, quando ele deu o último suspiro.
Quanta comoção e ao mesmo tempo alívio pela perda de uma rede social, que no passado, era a queridinha de todos os intelectuais, artistas, cientistas, celebridades e pessoas que queriam dar a sua opinião e se mostrar presente. O Twitter era uma rede tranquila, onde sempre foi possível ter as informações em tempo real, essa era a grande vantagem desta rede social. Naqueles bons tempos, havia uma equipe fazendo a moderação e por isso não era tão tóxica…era possível denunciar os discursos de ódio e outras coisas que não estavam de acordo e eram silenciados. Depois que o mimado comprou, a coisa degringolou e se transformou num liXão. O X (nunca consegui usar esse nome, continuei a chamar de Twitter), foi se transformando na rede mais tóxica que alguém poderia frequentar. O dono permitia tudo, pregando a liberdade de expressão da extrema direita, uma estranha liberdade para fazer o que quiser e como não havia mais ninguém moderando, tudo foi permitido, as piores pessoas, os discursos de ódio e até crimes acontecendo. Estava insuportável, afinal, o Kiko dos foguetes conseguiu destruir o Twitter. Então, para os frequentadores antigos, estava difícil navegar, mas como o Twitter era um vício agradável, continuaram por lá…até chegar a esse ponto do X não cumprir as leis brasileiras (bem a cara do bilionário mimado) e o Xandão chegar ao X da questão cortando de vez, com o apoio das pessoas com um mínimo de bom senso. Foi triste? Foi! Mas necessário. Um bilionário lá dos estrangeiros não tem o direito de interferir nas leis do Brasil e nas decisões da Suprema Corte. A China não tem Twitter, no entanto o dono do X negocia e não interfere em nada nos procedimentos internos daquele país, isso é só um exemplo, porque existem muitos outros países em que essa rede social é proibida. Nos EUA, vão excluir o Tik Tok, mas eles podem né? O Brasil é um país soberano, a oitava economia do mundo e um dos integrantes mais importantes do BRICS e por isso, incomodando muita gente. O Xandão está com toda a razão.
A equipe do antigo Twitter criou já havia criado uma outra rede social, a Bluesky, que tem uma borboleta azul como logo. Ainda desconhecida, pouca gente do Brasil frequentava. Com a morte do Twitter e o enterro do X nesta sexta-feira (30/08) uma horda de tuiteiros migrou para a Bluesky – Tuiteiro que é tuiteiro não vai para as redes do Zucher de jeito nenhum. Essa nova rede social foi criada pelos mesmos que criaram o antigo Twitter e também foram eles os vendedores. Como não havia tanta gente na Bluesky, a equipe agora está trabalhando muito, criando e adaptando novas ferramentas para receber os brasileiros órfãos e perdidos. Um deus nos acuda, a rede começou a travar, dar bug e a equipe, mesmo assim recebendo todos com carinho, prometendo fazer os ajustes necessários para se tornar a queridinha dos brasileiros. O mundo sabe que uma rede social sem brasileiros, nem graça tem, sabem que eles fazem a diferença, são alegres, engraçados, criativos e interagem como ninguém, sabendo desfrutar das coisas. Então a Bluesky está fazendo de tudo para receber os brasileiros bem, anfitriões que estão valorizando essa migração. E o mais interessante que até então, estavam fazendo as moderações e com esse acúmulo de gente, só deus sabe o que vai rolar.
Elizabeth de Souza
310824
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cm2nkdkypk7o
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