Anjos Tronchos
Madrugada, me deparo com Caetano Veloso no porta dos fundos, lançando um novo disco. E Caetano não precisa dizer mais nada e Caetano cantando os algoritmos.
Liberdade em dias liberais onde se perde tudo – o funcionalismo público sendo sucateado em nome de uma mentirosa eficiência.
Ferréz fala que não é hora das vaidades artísticas em tempos sem direitos.
Vamos conferir Caetano.
Em meio a sonoridade de Deo Lopes, Ligia Kamada, Caetanear o que há de bom.
A vida segue em meio ao pix, a fome, a encontros de Paris. E o gado iludido da esquerda espera ansiosos as eleições.
Podemos estar mortos neste doentio liberalismo – É madrugada, ainda não tem apagão. Só o bom senso está apagado de nossas consciências.
É seu Raul, estamos com a boca escancarada, cheias de dentes e a morte não chega, mas virá.
E a fome nas esquinas das ruas sem direitos. Somos todos investidores no cancelamento dos cartões de crédito. Navalhas do endividamento da população sem líderes e sem voz, sem reação. Por acaso estamos mortos?
Viva Caetano Veloso vivo e as canções de Edu Planchêz.
TCHAU…Abraços!!! As canções e poemas ainda não criados.
Joka Faria
Primavera de 2021
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