
Artistas Criativos
Por Jorge Hata*
Nessa época, na Bélgica, um dos maiores heróis dos quadrinhos foi criado, TinTin (1.929), de Hergé (Georges Remi). As muitas aventuras internacionais de TinTin, encantaram o mundo com seu charme e heroísmo. Sempre acompanhado do seu fiel fox terrier Milou, o repórter tinha muitos amigos inesquecíveis, como os irmãos gêmeos detetives Dupont e Dupond, o general Alcazar, a cantora Bianca Castafiore, o bravo capitão Haddock, além do maldoso Rastapopoulos. Depois de Hergé, surgiu o termo “Escola de Bruxas”, graças ao artistas que influenciou.
Muitas outras obras vieram nos anos seguintes, como os ambientes exóticos e aventuras internacionais de Terry e os Piratas (Terry and the Pirates, 1.934), de Milton Caniff, o mágico Mandrake (1.934) e o misterioso Fantasma (The Phanton, 1.936), ambos criados por Lee Falk, as histórias policiais do Agente Secreto X-9 (Secret Agent X-9- 1934), roteirizadas pelo escritor Dashiel Hammel, o design futurísta de Flash Gordon (1.934) de Alex Raymond e o primeiro detetive dos quadrinhos, Dick Tracy (1,931), de Chester Gould. O desenhista Hal Foster realizou em 1.937, outra grande obra, Príncipe Valente (Prince Valiant). Com ilustrações belíssimas, rica pesquisa de época em história e paisagens, Foster criou uma das melhores histórias em quadrinhos sobre o período medieval. Sua saga de cavalaria também tinha um ótimo texto, não utilizando balões, mas apenas o rodapé. Um dos melhores autores do gênero de aventuras, vivo até hoje, é Will Eisner, criador de O Espírito (The Spirit, 1.940), um mascarado que não possuía superpoderes, contudo combatia o crime com os punhos e a inteligência. Eisner, renovou a linguagem dos quadrinhos. Nas imagens ele criou novas tomadas, fusões, cortes, ângulos diferentes, onomatopeias inusitadas e sabia trabalhar como poucos com as sombras. Nos textos era influenciado pelos escritores russos Gogol e Tchecov, ao demonstrar ironia, amargura, sutileza e humor. Mas a categoria que mais alcançou sucesso na história das HQs foi a dos super-heróis. Toda a cultura popular do globo foi afetada quando, em 1.938, o último sobrevivente do planeta Krypton apareceu na revista Action Comics.
*JORGE HATA
HISTORIADOR E COLUNISTA na HATA QUADRINHO
Taubaté, São Paulo, Brasil
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