
Baratas que roubam a esperança do povo
Não sei se o inseto de Kafka era uma barata. Mas o barulho de uma barata entrando em meu quarto é sinistro.
Como se livrar de baratas?
Mas o Congresso está cheio delas. As mesmas que roubam velhinhos aposentados.
As mesmas que estão em governos de direita e de esquerda.
Cadê os pães? Dão-lhes brioches.
Como na Palestina, querem nos tirar tudo.
De mandato em mandato, os juros no Banco Central continuam altos.
E a China é o novo império. Mas constrói portos na América. Desenvolve a África.
Mal consigo aprender inglês — imagine o mandarim?
Novas rotas da seda.
E alguns querem a maconha de cada dia.
Professores massacrados pelas burocracias.
De grandes baratas no poder.
Quiçá, em breve, se cortem cabeças como na Revolução Francesa.
Ao povo, nada.
E as velhas elites, carcomidas de dejetos.
De insensibilidade.
Com relação ao povo, nada.
Nos tiram tudo — e um silêncio ensurdecedor.
Ai, baratas.
Baratas em Brasília.
A roubar velhinhos.
E o silêncio. Silêncio.
As ruas se fazem urgentes.
Joka Faria – 19 de maio de 2025
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