Batman – O homem morcego
Por Jorge Hata*
Um ano depois do surgimento do Homem de Aço, o editor Vincent Sullivan, da revista em quadrinhos Detective Comics, encomendou a um jovem e desconhecido artista chamado Bob Kane: um novo herói. Um herói que tivesse um sucesso tão retumbante diante do público, quanto Super Homem teve. O empolgado jovem aceitou o serviço, voltou para casa e começou a trabalhar. Juntou as imagens que conhecia de filmes de capa e espada, jogou uma pitada de Zorro, estudou alguns esquemas do homem voador imaginado por Leonardo Da Vinci, ainda na Renascença. O visual estava pronto. Seu personagem não era um alienígena, mas um ser humano. Não tinha superpoderes, porém, era ágil, inteligente, forte e astuto e, com aquela capa negra esvoaçante em forma de asa de morcego, tornava-se também amedrontador. Seu símbolo: o morcego; Seu nome: Batman. Além de fazer um sucesso tão grande quanto o de Super Homem, Batman também conquistou os leitores que gostavam de histórias de detetives e aqueles que gostavam de se identificar, se parecer com o herói imaginário.
Batman é, sem dúvida, o mais popular personagem das histórias em quadrinhos. Durante essas décadas, o Homem-Morcego não ficou apenas nas revistas em quadrinhos. Ele conquistou milhares de fãs através dos antigos filmes de cinema e, principalmente, através do famoso seriado de tevê, produzido na década de 70 e exibida até hoje em diversas emissoras no mundo todo. É difícil encontrar quem nunca tenha ouvido falar de Batman e de todos aqueles personagens que aparecem em suas aventuras. Alfred, seu fiel mordomo, Comissário Gordon, Charada, Pingüim, Duas-Caras, Mulher Gato, Robin, o Menino Prodígio, criado um ano depois do Homem Morcego, e que se tornou seu fiel companheiro no decorrer dos anos. Seu pior e mais mortal inimigo: o Coringa, que chegava a ser assustador.
Ler algumas aventuras do Batman nos gibis é como ler livros de Arthur Conan Doyle, um autor hoje pouco conhecido no Brasil, mas cuja obra gira em torno de um personagem mundialmente famoso: Sherlock Holmes, o maior dos detetives. E é justamente isso que Batman é nos quadrinhos: o maior detetive do século XX. Já que não possui superpoderes, o milionário Bruce Wayne, que na infância viu seus pais serem assassinados a sangue frio, tem que usar de toda a sua astúcia, capacidade de investigação e treinamento físico para vencer os marginais, que ele jurou combater. E isso não é o suficiente. Além de sua própria força de vontade e de suas habilidades naturais, Bruce Wayne usa sua fortuna pessoal para criar os aparelhos mais modernos e sofisticados, a fim de combater o crime de maneira mais eficaz possível.
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*Jorge Hata
HISTORIADOR E COLUNISTA na HATA QUADRINHOS
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