Brilhante Jô

Transformaram o Jô Soares em diamante. Lá em cima, no céu onde estão os dois, consta que o Bira se esborrachara de rir com o inusitado da coisa. Mas a história não é brincadeira. Palavra da Flávia Pedras, que perpetrou a façanha. E eis o Jô tão pedra quanto a sua companheira de tanto tempo.

Juntaram as cinzas do mais divertido e inteligente gordo que esta Ilha de Vera Cruz já produziu e fizeram dele uma pedra com o mesmo brilho do circuito neuronal que o diferenciava.

De bem servidos quilos a preciosos quilates. Porém, pensando melhor, virar diamante não é exatamente a cara do Jô. Diamantes são frios, são duros, ainda que por outro lado sejam lindos, transparentes, alguns deles raros e de valor incalculável. Como ele. Mas o que mais distancia um diamante do Jô é que um diamante é mudo, coisa que o gordo jamais conseguiria ser.

Algo me diz que isso não vai dar muito certo. Lembrando o clima detetivesco do “Xangô de Baker Street”, é bem possível que algum fã de carteirinha roube o diamante e faça do seu paradeiro um mistério impenetrável. Ou talvez alguém o rapte e exija do diamante um resgate milionário; é quando veremos o país se cotizar, angariando em tempo recorde o montante para ter o Jô de volta. Até porque “daqui a pouco a gente volta” era sua marca registrada.

Enquanto isso tá lá ele num cofre, eternizado, aguardando virar patuá no pescoço da Flavinha.

Imagem: gshow.globo.com

Esta é uma obra de ficção

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