Cansado de roer as unhas e não conseguir parar?
Veja o que este brasileiro inventou!
Roer as unhas – muitas vezes compulsivamente até se machucar – é uma atitude muito observada na população, desde crianças até pessoas de idade avançada. Estimativas apontam que 19% a 45% apresentam o hábito numa intensidade e frequência potencialmente prejudiciais. Com o passar dos anos, o comportamento se transforma em dependência, momento em que dificilmente se consegue inibi-lo, a não ser por meio de terapias e uso de medicamentos com resultados limitados e efeitos colaterais.
Pensando nisso, o inventor Paulo Gannam, um roedor de unhas desde criança, concebeu um “Protetor de Unhas para Portadores de Onicofagia”. Trata-se de uma película que reveste as unhas do usuário de forma elegante e discreta, sem causar desconforto, pois cobrem apenas as unhas sem incomodar o tato, e poderia ser usado por homens, mulheres e crianças.
Atualmente, há um tipo de “esmalte” que, por ter gosto ruim, diminuiria a vontade de roer unhas. Mas, de acordo com o inventor, há pessoas que roem as unhas do mesmo jeito, pois o gosto ruim não seria motivo suficiente para eliminar a atitude.
O diferencial está em oferecer um lembrete constante para a pessoa que começou a sentir necessidade de mudar. “Se o processo já se tornou compulsivo, não será o gosto ruim das unhas que resolverá. Esta abordagem é tão ineficaz quanto piorar o gosto da cerveja para um alcoólatra”, avalia Gannam.
Algumas versões finais do invento poderão ter um sistema de pressão sobre a região desejada, com furinhos para permitir transpiração. Outros teriam uma base circular de pressão para que o restante do tecido que cobre as unhas fosse mais suave, evitando desconfortos numa região maior dos dedos.
Para o inventor, o protetor de unhas inibe um hábito autodestrutivo e incentiva a pessoa a começar a identificar quais sentimentos estão envolvidos no momento em que ela deseja roer as unhas automaticamente.
“Você pode me dizer: Mas basta tirar o protetor e fazer a festa com as unhas, detoná-las. É verdade, mas este protetor é direcionado mais ao público que está atravessando um momento de dor e forte desejo de encontrar uma forma de parar de roer. Esta é uma forma de ajudar o usuário a manter o compromisso com a mudança de comportamento e uma forma de as mamães darem a seus filhos a oportunidade de impedir que o hábito evolua para uma dependência na vida adulta”, explica.
Gannam informa já ter amostras de seu produto feitas em látex de borracha, mas explica que o produto final talvez deva ser feito de outros materiais: “Fiz os primeiros modelos em látex de borracha, o mesmo usado na fabricação de luvas cirúrgicas. Depois confeccionei artisticamente as peças de látex com tinta acrílica para tecido à base de água que melhor aderiu ao material, mas dá para fazer com poliuretano também”.
Parceria – Com a carta-patente concedida, Paulo está em busca de empresas capazes de desenvolver as versões finais, fabricar e comercializar o produto, seja para o consumidor final, seja para fornecê-lo a empresas do setor de cosméticos, moda, artesanato, e farmacêutico
Quer conhecer mais o trabalho deste inventor?
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