Caravana Rolidei

 

Caravana Rolidei

Em resposta ao escrito “homo poeticus ou…então é isso, o juízo final?” de Beth Brait Alvim.

Joka Faria no encanto das férias

Abri este desktop justamente para escrever – minha doce desculpa é que eu não tinha computador. Diante do Oceano Atlântico. E agora abro e leio este escrito de Beth Brait Alvim. E agora, como irei escrever e voltar a regularidade de minha coluna?
Dá uma vontade de ter uma grana e mergulhar no interior deste Brasil. Não costumo olhar em guias de viagens. Em 1996 parei em Santa Catarina porque duas mulheres me ofereceram uma passagem na rodoviária de Curitiba e fui parar em Itajaí. Não tenho uma conta bancária para construir circos e viajar pelas Américas, ainda nem fiz a travessia de Monte Verde. Aqui as Casas de Cultura estão sendo reformadas e uma menina no ônibus falou para a mãe que iria fazer balé no Chico Triste – Fiquei feliz.
Eu iria voltar e seguir para a Serra da Mantiqueira, mas com as malas prontas para voltar ao Vale do Paraíba, o telefone toca, acabando com o espírito de férias. Ainda não posso mandar tudo para aquele lugar da canção de Roberto e Erasmo. Sou um fazedor de crônicas e a poesia vem ao acaso. Como um computador e um wifi nos faz falta; não sabemos mais viver sem estas tecnologias que nos aproximam e nos distanciam. Faz anos que enrolo para passear em Paraibuna.
Estou lendo o livro de Sônia Gabriel “Mistérios do Vale”, editora Penalux. Vou deixar o livro em minha mochila que levo para a escola para contar as histórias para as crianças. Acabei de ler as crônicas de Fabrício Carpinejar.
Me divirto ao ver as burocracias dos amigos em grupos de whatsapp, a planejarem encontros. E com outro que encontrei na antiga praça do telefone; simplesmente fomos a uma das pastelarias mais baratas do centro da cidade. Num passado distante sobrevivemos aos sábados, com qualquer coisa bem barata. Mas são outros tempos. Tempos tão divertidos de se vivenciar, tantas perdas, parentes, escritores, etc. E as culturas de vanguardas sempre a nos nortear. Durmo e acordo consumindo poemas da contemporaneidade.
Os seus e de muitos e muitos poetas. Beth, quem escreve poemas com a esquisita e estranha linguagem neutra? Sei lá!
Ghiraldelli, Ponde, Doce de abóbora e sorvete de amora…E Edu Planchêz fez um poema sensual falando do Chica Bom. Aqui mais um ano e darei aula na mesma escola. E meu livro já não sei quando sai e nem se sairá.

Abraços amiga Beth Brait Alvim.

São José dos Campos 27 de Janeiro de 2023
Aniversário de minha mãe Maria Aparecida Costa.

João Carlos Faria

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