Clube da Luta – a arte de se libertar do sofá

Clube da Luta – a arte de se libertar do sofá.

As artes nos incomoda, lendo o trecho postado por Elizabeth de Souza da fala de Tyler Durden,  NÃO RESISTI E GRAVEI UM VÍDEO – VENHO HÁ DIAS NUM IMENSO DIÁLOGO COM Edu planchêz poeta do kaos. Estou presente em inúmeros grupos de WhatsApp e percebo as radicais idades de esquerda, direita, é uma alienação total de nossas realidades. Estamos decifrando estes dias contemporâneos e um filme como este sempre nos incomoda como a fala poética de Tyler Durden. Roteiro de CHUCK PALAHNIUK. Direção David Fincher. Filme marcante no final dos anos noventa. E agora vivemos este caos das direitas e parte das esquerdas perdidas em pautas que não seduzem a população, que já não se vê como trabalhadores. E numa exclusão de trabalho, renda, moradias. A periferia com sua sonoridade perseguida, o funk, rap. Suas inventividades não são entendidas por muitos. E o poder se reinventa. Não poder e assistir a toda esta radicalidade sem saber intervir, gerar reflexão, perdas de direitos na precarização do trabalho no discurso mentiroso de que todos são empreendedores. Crises e mais crises. E como ressignificar o discurso controverso destes filmes muitas vezes atacados como sendo de direita. A apatia da população nas redes sociais nos faz sentir em um imenso abismo! Como sairemos desta loucura nesta imensa babel ideológica com inúmeras línguas e linguagens? Gerar grana, viver e não sobreviver. Se um dia estaremos mortos. E nenhum super-homem nos salvará, somente nós.

Gravei o poema da maneira mais punk, faça você mesmo. Eu que nem sei se irei publicar livros, criar peças de teatro. Minha escrita é minha inspiração. Respiração. Tentando decifrar e vendo a vida em celulares, computadores na luta diária, sempre para sobreviver e quando viveremos? Quando teremos a idade dos sábios e a sabedoria das idades? O tempo nos esmaga, nossos corpos se deterioram. Mas resistir de modo sábio é um desafio. Pedalo pelas ruas, caminho e ler um roteiro transformado em poema é algo grandioso. Como estamos perdidos em emaranhados de redes sociais. VIVEMOS enquanto árvores não caem em nossas cabeças. Sorvo os diálogos com Edu Planchêz, Solfidone, Franklin Maciel. Éramos perdidos nas praças e nos perdemos nessa teia de aranha chamada internet. Utopia em dias de desespero e dor. A barbárie se faz em atos políticos. Não devemos nos sucumbir ao caos e ler este trecho do diálogo do filme Clube da Luta, colocado por Elizabeth de Souza nos sentimos não ser.

Joka Faria
João Carlos Faria

Primavera Pandêmica de 2020 – São José dos Campos SP Brasil.

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