Coisas simples
Gosto de coisas simples,
puras e honestas,
aquelas que rescendem
ao agreste aroma
de fruta colhida no pé.
Gosto de coisas simples
como a delicadeza do orvalho
molhando as últimas folhas
no início do outono.
Gosto da algazarra
de moleques descalços
jogando bola
no campinho de areia.
Gosto de cheiro
de comida borbulhando
no fogão de lenha;
de mesa posta
sem cerimônias,
batata frita, arroz e feijão,
bolo de fubá,
café quente no bule;
coisas que preenchem
o entardecer de meus dias,
depois de renunciar
a tantos fardos inúteis.
Gilberto Silos
Lindo poema, Gilberto!
Também gosto das coisas simples, das pessoas simples, da vida simples, como você. Os fardos, realmente são inúteis, o simples é leve.
Abraço!