Como as mulheres estão mudando a cultura corporativa com inovação e comunicação assertiva

A liderança feminina vem ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo, rompendo barreiras e desafiando estereótipos. Mulheres em cargos de liderança demonstram que a diversidade de gênero nas empresas não apenas é benéfica para a igualdade, mas também promove o crescimento dos negócios e a inovação.

A presença feminina em conselhos de administração de empresas é um tema de grande importância, como destacado no artigo de Deborah Patricia Wright na Revista GV Executivo. Wright, conselheira do Banco Santander e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, ressalta os impactos positivos que essa diversidade traz em termos de ética, sustentabilidade, inovação e desempenho financeiro.

Embora ainda não haja uma conclusão definitiva sobre a superioridade de mulheres ou homens em cargos de liderança, pesquisas enfatizam a necessidade de aumentar a representatividade feminina nos conselhos. Estudos mostram que a presença de mulheres tem um impacto positivo tangível no desempenho financeiro das organizações, com empresas que possuem uma maior proporção de mulheres em posições de liderança apresentando melhores resultados nessa área. Além disso, a presença feminina nos conselhos estimula uma cultura de colaboração, inovação e liderança mais eficaz.

As mulheres têm se destacado cada vez mais como empresárias, assumindo cargos de CEO, presidentes e fundadoras de empresas. Isso tem sido possível graças ao desenvolvimento de políticas de igualdade de gênero e à crescente conscientização das habilidades e talentos que as mulheres podem oferecer à mesa.

“A presença de mulheres no mundo dos negócios traz inúmeras vantagens: a diversidade de pensamento e a promoção de ambientes de trabalho mais inclusivos são algumas delas. Além disso, estudos mostram que empresas com maior diversidade de gênero em cargos de liderança têm melhor desempenho financeiro e maior inovação.” Comenta a fonoaudióloga, especialista em comunicação e CEO da Yutter, Mirna Abou Rafée.

As mulheres enfrentam desafios significativos no trabalho de cuidado, que abrange cuidar dos filhos, familiares idosos e outros membros da família. Apesar de desempenharem um papel fundamental nessa área, seu trabalho muitas vezes é subvalorizado e passa despercebido pela sociedade. Isso ocorre devido a estereótipos de gênero arraigados e expectativas antiquadas que colocam a responsabilidade do cuidado exclusivamente sobre as mulheres, resultando em uma sobrecarga desproporcional de tarefas.

Além disso, as mulheres enfrentam o desafio de equilibrar a maternidade com uma carreira profissional. Essa preocupação é constante para muitas mulheres, pois ser mãe não impede que elas sejam líderes eficazes. Na verdade, muitas mães de bebês e crianças pequenas têm habilidades valiosas que podem ser aplicadas à liderança.

Diante desses desafios, é crucial implementar estratégias práticas e políticas públicas para enfrentar essas questões. Isso envolve reconhecer e valorizar o trabalho de cuidado realizado pelas mulheres, promover a igualdade de gênero e eliminar estereótipos prejudiciais. Também é importante criar condições que permitam às mulheres equilibrar a maternidade com a carreira, como licenças maternidade e paternidade adequadas, horários flexíveis e apoio à conciliação entre trabalho e família.

Mirna Abou Rafée também lidera um programa para capacitar e treinar profissionais em habilidades de comunicação, muitos deles mulheres em cargos de destaque. As habilidades como comunicação assertiva, negociação e, feedback são alguns dos temas treinados, sempre valorizando a demanda e individualidade de cada uma.

Esses programas são essenciais para ajudar as mulheres a desenvolverem a confiança e as habilidades necessárias para se destacarem em um ambiente corporativo dominado por homens. O investimento em treinamento e capacitação é uma estratégia inteligente para empresas que buscam aumentar a diversidade e a inovação em seus negócios.

A comunicação assertiva é uma habilidade crítica para qualquer líder, independentemente do gênero. No entanto, existem algumas diferenças na forma como homens e mulheres expressam assertividade e na forma como suas ações são percebidas.

Homens, em geral, têm maior probabilidade de serem diretos e objetivos em sua comunicação, enquanto as mulheres tendem a usar uma abordagem mais colaborativa e diplomática. Embora ambos os estilos possam ser eficazes, é importante que líderes de ambos os gêneros estejam cientes das possíveis percepções e estereótipos associados às suas formas de comunicação.

Mulheres líderes podem enfrentar desafios adicionais na comunicação devido a estereótipos de gênero e expectativas sociais. A depender de como uma mulher se posiciona, ela pode ser rotulada como agressiva, autoritária ou emocional.

Por outro lado, homens costumam ser vistos como fortes e decididos quando adotam uma postura mais firme. Para enfrentar esses desafios, as mulheres líderes devem desenvolver habilidades de comunicação assertiva que lhes permitam expressar suas opiniões e tomar decisões de forma clara e respeitando suas próprias necessidades e limites.

“Comunicação e liderança andam de mãos dadas! Líder precisa saber comunicar, sendo essa liderança feminina ou não. No caso das mulheres, o desafio é redobrado por toda a construção social envolvida nisso. Uma postura assertiva, escuta ativa e empática são cruciais para abertura de conversas construtivas.” Finaliza Mirna Abou Rafée.

Idealizadora da Yutter, Mirna Abou Rafée é tagarela por vocação e apaixonada por comunicação. Acredita que tão importante quanto o que se diz é como se diz. Defende que uma comunicação autêntica e bem desenvolvida faz você sair na frente e garantir um lugar de destaque, seja onde for. Afinal, uma boa fala tem o poder de valorizar qualquer discurso.

Fonoaudióloga formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Especialista em voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia com duas pós-graduações

Mentora de comunicação de líderes e executivos de empresas de diversos segmentos

Participação no programa de neurociências na Universidade de Yale em Connecticut/USA