COMUNIDADE DO BANHADO
S. José dos Campos
Estamos perto de uma nova tragédia, como aconteceu no Pinheirinho, em 2012?
Quem pode evitar?
S. José dos Campos
Estamos perto de uma nova tragédia, como aconteceu no Pinheirinho, em 2012?
Quem pode evitar?
Por Moacyr Pinto*Neste sábado, 13/8/22, pela manhã, estive na Praça Afonso Pena, acompanhando o ato em defesa da centenária favela do Banhado, rebatizada de Comunidade Vila Nova Esperança, onde, como no Pinheirinho em 2012, há uma disputa judicial inconclusa, com algumas medidas já tomadas que deveriam servir de garantia de manutenção da situação reinante, não justificando, em absoluto, as investidas de diversas naturezas que a prefeitura vem tomando, me fazendo, como sociólogo e observador da cena política, tentar estabelecer alguma relação dessas investidas como as eleições gerais que se aproximam, nas quais um dos lados tem se valido da truculência e do desrespeito às leis e aos princípios do direito para se afirmar como alternativa para uma parcela da população que, por ignorância ou convi.cção ideológica, acaba lhe dando preferência na hora do voto.
A Comunidade do Banhado é organizada e tem capacidade de se fazer reconhecida em seus anseios e direitos, até o ponto de ter apresentado um projeto sustentável reconhecida qualidade, visando a sua permanência no local, enquanto o grupo político que está à frente da prefeitura no momento e vem detendo a hegemonia política no município desde meados dos anos 1990 quer ver os moradores fora de lá e, para isso, além das calúnias e generalizações absurdas, a respeito de quem lá reside, nos últimos dias tem se valido dos serviços de fiscalização de trânsito e de posturas, de assistentes sociais acompanhadas por policiais armados e principalmente pela presença ostensiva e numericamente exagerada da PM e da GCM, abordando diariamente as mesmas pessoas, no vai e vem do dia a dia de cada uma delas, algumas já sobejamente justificadas, porque o número de habitantes não é tão grande.
Do que jeito que os fatos vêm acontecendo no Banhado, com a prefeitura apertando o torniquete e as forças armadas da repressão sempre presentes, fica difícil não imaginarmos a explosão, a qualquer hora, de um confronto mais direto; não descartando, pelo menos em tese, a alternativa de uma ação violenta deliberada, da parte das autoridades, para “botar o povo para fora na marra”, como fizeram no Pinheirinho, repito, até porque, hoje, já temos elementos para afirmar que em 2012 as autoridades agiram fora da lei e cometeram abusos até não querer mais, com o apoio ou pelos menos a conivência de muitos setores da sociedade.
A um claro sentimento, nas pessoas com espírito democrático e defensores da lei e dos direitos humanos que, se o debate ficar restrito a São José dos Campos, a possibilidade de repetir o Pinheirinho aumenta, há necessidade do Brasil e até o exterior tomar conhecimento do que vem ocorrendo no Banhado.
Para encerrar, uma foto feita por mim, no retorno para casa, depois do ato de ontem. Observem a linguagem, os conceitos, adotada pelo grupo político que passou a definir São José como uma “cidade de regras”, lembrando que a palavra regra não qualifica; e isso fica claro quando observamos ao longe, na mesma foto, que as regras impostas aos moradores da Vila Nova Esperança não valeram para os bairros nobres que se instalaram mais distante, na mesma área de banhado.* Moacyr Pinto – sociólogo e educador aposentado. Escritor.
A Comunidade do Banhado é organizada e tem capacidade de se fazer reconhecida em seus anseios e direitos, até o ponto de ter apresentado um projeto sustentável reconhecida qualidade, visando a sua permanência no local, enquanto o grupo político que está à frente da prefeitura no momento e vem detendo a hegemonia política no município desde meados dos anos 1990 quer ver os moradores fora de lá e, para isso, além das calúnias e generalizações absurdas, a respeito de quem lá reside, nos últimos dias tem se valido dos serviços de fiscalização de trânsito e de posturas, de assistentes sociais acompanhadas por policiais armados e principalmente pela presença ostensiva e numericamente exagerada da PM e da GCM, abordando diariamente as mesmas pessoas, no vai e vem do dia a dia de cada uma delas, algumas já sobejamente justificadas, porque o número de habitantes não é tão grande.
Do que jeito que os fatos vêm acontecendo no Banhado, com a prefeitura apertando o torniquete e as forças armadas da repressão sempre presentes, fica difícil não imaginarmos a explosão, a qualquer hora, de um confronto mais direto; não descartando, pelo menos em tese, a alternativa de uma ação violenta deliberada, da parte das autoridades, para “botar o povo para fora na marra”, como fizeram no Pinheirinho, repito, até porque, hoje, já temos elementos para afirmar que em 2012 as autoridades agiram fora da lei e cometeram abusos até não querer mais, com o apoio ou pelos menos a conivência de muitos setores da sociedade.
A um claro sentimento, nas pessoas com espírito democrático e defensores da lei e dos direitos humanos que, se o debate ficar restrito a São José dos Campos, a possibilidade de repetir o Pinheirinho aumenta, há necessidade do Brasil e até o exterior tomar conhecimento do que vem ocorrendo no Banhado.
Para encerrar, uma foto feita por mim, no retorno para casa, depois do ato de ontem. Observem a linguagem, os conceitos, adotada pelo grupo político que passou a definir São José como uma “cidade de regras”, lembrando que a palavra regra não qualifica; e isso fica claro quando observamos ao longe, na mesma foto, que as regras impostas aos moradores da Vila Nova Esperança não valeram para os bairros nobres que se instalaram mais distante, na mesma área de banhado.* Moacyr Pinto – sociólogo e educador aposentado. Escritor.
Fotos enviadas no grupo Só poemas pela professora Lucy. Grupo de whatsapp.
Faça um comentário