Cedo fui pra rua espiar a vida lá fora
e passou o homem que fala sozinho,
decerto conversando com os passarinhos.
Caminhei atrás de orelhas atentas
e escutei que fazia planos de construir um prédio,
que ia gastar tanto de cimento,
para fazer uma infinidade de andares,
para mostrar para Margarida (quem será?)
que é um homem trabalhador.
Pobre doidinho, foi excesso de aguardente?
Sol na cabeça? Ou ficou louco de amor?
Faça um comentário