Cristificação é necessária

CRISTIFICAÇÃO É NECESSÁRIA

Por Edgard S. Lopes 

“Teríamos muita coisa a dizer sobre isso, e coisas bem difíceis de explicar, dada a vossa lentidão para compreender. Após longo tempo, deveríeis já ser mestres, tendes contudo ainda mister que alguém vos ensine os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido. Ora, o que se alimenta de leite é incapaz de acolher uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas, o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal“ (Heb 5, 11-14).

Uma transição necessária. Devemos passar da amamentação para o alimento sólido.

Para assimilar alimento sólido temos que mudar a nossa maneira de pensar porque “ninguém acrescenta um remendo de pano novo numa roupa velha, porque o remendo puxa parte do tecido e o rasgo fica pior. Também não jogam vinho novo em odres velhos. Senão, rompem-se os odres, derrama-se o vinho e danificam-se os odres. Mas jogam o vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam” (Mat 9, 16-17). Para a novidade do alimento sólido, que é o vinho novo, temos que sermos antes odres novos.

“Pois vós sereis realizados (perfeitos), tal como realizado é vosso Pai celeste” (Mt 5, 48). Se a perfeição ou a realização é Cristo, é necessário então que nos cristifiquemos para atingir a realização do Pai.

O Princípio Crístico tem que nascer dentro de nós e ele sempre nasce no coração… Quando isso acontece o cristificado diz então “eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim“ (Gal 2, 20).

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai a não ser através de mim” (Jo 14, 6). Portanto só se chega ao Pai como um cristificado. E o cristificado é aquele que encarnou o Princípio Crístico.

“A realidade é Cristo” (Col 2, 17). Indubitavelmente a única realidade é o Princípio Crístico Universal.

Cristificado é aquele que afirma que “tão certo como Cristo está em mim, não me será tirada esta glória nas regiões de Acaia“ (II Cor 11, 10) e declara que “de ora em diante ninguém me moleste, porque trago em meu corpo os estigmas de (Cristo) Jesus“ (Gal 6, 17). “Isso porque buscais uma prova de que é Cristo que fala em mim” (II Cor 13, 3).

O cristificado adquire conhecimento interno. “Como é que este sabe as letras sem nunca ter estudado?” (Jo 7, 15). “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (I Tim 2, 3).

A cristificação é um longo processo. “Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como sou conhecido eu mesmo“ (I Cor 13, 12).

O conhecimento verdadeiro adquire-se pelas experiências nos mundos internos. “Conheço um homem cristificado que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei. Deus o sabe. E esse homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis que não é permitido a um homem repetir” (II Cor 12, 2-4). “Num domingo, fui arrebatado em espírito, e ouvi, por trás de mim, voz forte como trombeta” (Apoc 1, 10).

O aforismo “Conhece-te a ti mesmo” está inscrito na entrada do templo de Delfos, construído em honra a Apolo, o deus grego do sol, da beleza e da harmonia. Em grego (língua em que foi escrita), esta frase é gnōthi seauton; em latim é nosce te ipsum e em inglês é Know thyself. A frase completa, no entanto, é: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.” A frase é atribuída a Sócrates, mas outros a atribuem a Tales de Mileto.

O cristificado conhece a si mesmo, assim como conhece o Pai. Conhece a verdade e esta o liberta. “… e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32).

“(O Cristificado) Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25). No entanto esse conhecimento do que não foi escrito, mas certamente dito por Jesus, o Cristo, era sabido pelos seus discípulos próximos. Infelizmente os livros relatando parte desse conhecimento não foram aceitos pelo Concílio de Nicéia e assim esse conhecimento se perdeu nas fogueiras da época. Alguns poucos subsistiram e foram encontrados em Qumran (comunidade Essênia à beira do Mar Morto em Israel) e em Nag Hammadi (Egito). Pena que a ninguém interessa os incorporar à atual Bíblia por motivos óbvios compreendidos por todos os que a estudam. Ninguém quer voltar ao conhecimento maior que circulava antes do Concílio de Nicéia. A atitude deste confirmou a próspera igreja de roma junto ao Estado romano e os gnósticos; não aceitando isso, não seguindo nenhuma estrutura hierárquica, não aceitando a adoração a imagens e nem a construção de igrejas de pedra, sob princípios explicitados pelo grande Rabi Cristificado; continuaram então a ser perseguidos…

Entre os textos achados em Qumran destaca-se a obra Filósofo Fumena ou O Livro Secreto dos Gnósticos Egípcios, como o nomearam os pesquisadores. Nesse livro, Jesus pede permissão ao seu Pai (Interno) para descer desde o Absoluto até este mundo físico, passando pelos Eons (medidas iniciáticas), e pede para levar o conhecimento revelador através da Gnose. Fica, então, estabelecida a palavra Gnose como representação do Ensinamento Divino, puro, imaculado, sem manchas.

O fato é que Jeshua Ben Pandirá (que significa Jeshua, filho de Pandirá), nome hebraico de Jesus, foi um gnóstico essênio, assim como seu primo João, o Batista precursor. Precisamos mudar a nossa maneira de pensar sobre o grande rabi Jeshua. A primeira e mais simples é saber que Jesus, o Cristo, era casado. Em seu tempo, todo judeu se casava, principalmente os rabinos ou rabis. Não se admitia um rabi solteiro. Isso era tão certo que se Jesus fosse um rabi solteiro teria recebido uma citação clara e específica a respeito nos evangelhos. Jesus era chamado de rabi em seu tempo, conforme os evangelhos.

No Evangelho de Felipe, encontrado em Nag Hammadi, está escrito: “Havia três que sempre caminhavam com o Senhor: sua mãe, Maria, sua irmã e Madalena, que era chamada sua companheira. Sua irmã, sua mãe e sua companheira todas chamavam-se Maria”.

Em outro trecho, Felipe diz “E a companheira do ( … ) Maria Madalena. ( … amava-a) mais do que (todos) os discípulos (e costumava) beijá-la (frequentemente) em seus ( … ). Os demais (discípulos … ). Eles lhe disseram: “Por que a amas mais do que a todos nós? “O Salvador respondeu dizendo: “Por que não os amo como a ela?”

Felipe escreve também que “A agricultura no mundo requer a cooperação de quatro elementos essenciais. A colheita será reunida no celeiro somente se houver a ação natural da água, da terra, do vento e da luz. A agricultura de Deus, da mesma forma, é baseada em quatro elementos: fé, esperança, amor e conhecimento. A fé é a terra em que fincamos raiz. A esperança é a água por meio da qual somos nutridos. Amor é o vento por meio do qual crescemos. O conhecimento, então, é a luz, por meio da qual (amadurecemos)”.

Mais à frente, Felipe afirma “A Palavra disse, ‘Se conhecerdes a verdade, a verdade vos libertará’ (Jo 8, 32). A ignorância é uma escrava. Conhecimento é liberdade. Se conhecermos a verdade, encontraremos os frutos da verdade dentro de nós. Se nos unirmos com ela, nos trará a plenitude”.

Avançando na formação de um odre novo para receber vinho novo, devemos compreender que muitos livros que hoje constituem a Bíblia cristã foram adulterados e modificados conforme interesses de pessoas e grupos. O conceito de livros escritos por inspiração divina caem por terra, a não ser que aceitemos que Deus também inspirou pessoas para que estas alterações fossem feitas, o que significaria, em contrassenso, que a inspiração divina anterior houvesse falhado. Havia uma preocupação na supressão da evidência de que Jesus era casado pelo grupo da igreja de Roma do qual os gnósticos se afastaram em definitivo. Por razões econômicas, não pagar auxílios às viúvas, interessava ao crescente poder da igreja romana instituir o celibato e retirar o eterno feminino da liturgia.

Conclue-se que as evidências foram deliberadamente retiradas por decreto da igreja romana e isso foi revelado recentemente, em 1958, quando um manuscrito do Patriarca Ecumênico de Constantinopla foi descoberto num mosteiro em Mar Sabá, a leste de Jerusalém, por Morton Smith, professor de história antiga na Universidade de Columbia, EUA. Em meio a um livro das obras de Santo Inácio de Antioquia, havia uma transcrição de uma carta do Bispo Clemente de Alexandria (c.152 d.C.). Era endereçada a seu colega, Teodoro, e incluía uma seção geralmente desconhecida do Evangelho de Marcos. A carta de Clemente decretava que parte do conteúdo original de Marcos deveria ser suprimida porque não coadunava com os requisitos da igreja romana. A carta diz: “Pois mesmo que seja verdade, aquele que ama a Verdade não deve concordar com isso. Pois nem todas as coisas verdadeiras são a Verdade; tampouco aquela verdade que parece verdadeira às opiniões humanas deve ser preferível à verdadeira Verdade – aquela que é de acordo com a fé. A essas verdades ninguém deve dar ouvidos; tampouco, caso venham disseminar suas falsificações, deve-se concordar que o Evangelho secreto é de Marcos, e sim negar mediante juramento. Pois nem todas as coisas verdadeiras devem ser ditas a todos os homens”.

Na seção removida do Evangelho, há um relato da ressurreição de Lázaro, mas nela Lázaro (Simão Zelote) chama Jesus de dentro da tumba mesmo antes que a pedra fosse removida. Isso deixa claro que o homem não estava morto no sentido físico, o que certamente joga por terra a insistência da igreja romana de que essa ressurreição deva ser considerada um milagre sobrenatural.

Em João 11, 20-29, vemos: “Quando Marta ouviu que Jesus vinha a caminho, foi ao  encontro dele. Maria ficou sentada em casa… [Marta] retirou-se e chamou em segredo por Maria, a sua irmã, tendo dito: ‘O Mestre está cá e chama por ti’. Ela, assim que ouviu, levantou-se depressa e foi encontrar com ele”. Mas o incidente é descrito com mais detalhes na parte de Marcos que foi oficialmente suprimida. Este explica que Maria saiu da casa com Marta na primeira ocasião, mas foi admoestada pelos discípulos e lhe foi ordenado que entrasse e aguardasse a instrução do Mestre.

O fato é que, como esposa de Jesus, Maria era comprometida por um estrito código de prática nupcial judaico e não tinha permissão de deixar a casa e cumprimentar o marido até que tivesse recebido seu consentimento expresso. O relato de João deixa Maria em seu lugar devido, mas o texto mais detalhado de Marcos foi estrategicamente removido da publicação.

Maria, irmã de Marta, escolhe a melhor parte para si, os conhecimentos de Jesus, enquanto Marta se ocupava mais do mundo material, dos afazeres da casa (Lc 10, 38-42). Por onde ia Jesus, Maria de Magdala o acompanhava, o que só era permitido na tradição judaica se ela fosse sua esposa. Quando Maria de Magdala se cristificou, o seu Cristo Interno eliminou os sete egos capitais de seu Templo Interno (preguiça, luxúria, inveja, cobiça, ira, gula e orgulho), similar ao drama de Jesus, o Cristo, expulsando os vendedores do templo (Mc 16, 9 e Lc 8, 1-2).

As atuais Bíblias cristãs se baseiam na Vulgata Latina e seu verdadeiro autor foi são Jerônimo, que viveu durante 40 anos em Belém. O papa Damásio, que lhe encomendou essa tradução do grego e do aramaico, previamente o encarregou para que sempre encaminhasse os assuntos no terrenal consoante o interesse da igreja de roma, ou seja, do catolicismo dominante… A própria igreja católica não vê inconveniente nenhum em confessar que foi assim.

A seguir, todas as traduções da Bíblia, até mesmo a luterana, conforme a reforma promovida por Lutero, foram baseadas nos trabalhos de são Jerônimo, que já continham defeitos introduzidos intencionalmente, o que é o pior. Ainda que os protestantes protestem e assegurem que Lutero fez sua própria tradução do grego, isso não é verdade porque ele não conhecia o idioma grego.

Mais uma dose de vinho novo é o fato de que Cristo não é uma pessoa, um indivíduo, e sim um Princípio Universal Cósmico impessoal, já conhecido dos gregos como Chrestos antes da vinda de Jesus. Esse Princípio Crístico já havia sido assimilado por pessoas antes de Jeshua ben Pandirá. Esse princípio deve ser assimilado por cada homem, dentro de sua própria natureza, mediante a Magia Sexual num matrimônio legítimo (sem adultério). Jesus foi o único Mestre, o maior de todos, que realizou o Drama Crístico à luz do dia. O Cristo Interno, para nascer, necessita, como tudo que nasce no Universo, das energias sexuais latentes em cada ser.

A pura e legítima Magia Sexual é ensinada em chave a Nicodemos, grande rabino em Israel, que apresentou todas as dificuldades para entender o profundo significado simbólico ali exposto (Jo 3, 1-14). Nicodemos saiu da conversa sem compreender a necessidade de nascer de novo da água (sêmen ou sementes cristônicas que os homens têm nos testículos e as mulheres nos ovários) e do Espírito (fogo sexual do Terceiro Logos, o fogo do Espírito Santo). E também saiu sem saber como nascer de novo. Isso Jesus, o Cristificado, ensinava em secreto aos seus discípulos. Publicamente só em chave, em código, em simbolismo.

Para as energias sexuais serem usadas no novo nascimento é necessário que não as percamos. É necessária a castidade relatada intuitivamente em Lev 15. “Mas em todas as coisas nos apresentamos como ministros de Deus… pela castidade,…” (II Cor 6, 4-6). “…serão conquistados… ao observarem vossa vida casta e reservada” (I Pe 3, 1-2). “… que se abstenham… da fornicação” (At 21,25). A verdadeira castidade é unir-se sexualmente sem perder as energias sexuais, sem ejacular as sementes cristônicas. Fornicação é unir-se sexualmente com o intuito da perda das energias sexuais ao atingir-se o espasmo ou orgasmo. “Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impurezas… contra as quais vos previno como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o reino de Deus” (Gal 5, 19-21).

As energias sexuais sobem como serpentes pela coluna vertebral, a vara mosaica que curava os israelitas no deserto. “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, levantarão serpentes…” (Mc 16,17-18) (*). Essas energias transmutadas atingem o coração e dão início dentro dele, nos mundos superiores, ao nascimento do Cristo Interno como um menino que cresce dia a dia conforme os méritos do coração “… até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade em Cristo” (Ef 4, 13).

Os gnósticos seguimos os três Fatores de Revolução da Consciência determinados por Jesus, o Cristificado, e descritos por Ele em chave em Lc 9, 23: “Se alguém quer vir atrás de mim, que se negue a si mesmo, levante a sua cruz, dia após dia, e me siga”.

Negar-se a si mesmo é a Morte Mística. “Amém amém vos digo, quando o grão de trigo não cai por terra e morre, permanece só. Mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12, 24). Necessário nos é morrer de instante a instante. Este Fator é a eliminação de todos os defeitos de nossa psique cujas raízes principais são preguiça, luxúria, inveja, cobiça, ira, gula e orgulho. “O meu nome é Legião, porque somos muitos” (Mc 5, 9). Virgílio, o poeta de Mântua, disse que:“Ainda que tivéssemos mil línguas para falar e um palato de aço, não conseguiríamos enumerar todos os nossos defeitos cabalmente”. “Então, cheios de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade. São difamadores, maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, desobedientes aos pais. São insensatos, imodestos, sem afeição, sem palavra e sem misericórdia” (Rom 1, 29-31).

A cruz sempre simbolizou a união do falo masculino com o canal feminino que leva ao útero. Esse símbolo existia antes da vinda de Jesus em todas as antigas teogonias verdadeiras. Maias e incas conheciam o simbolismo fálico da cruz. Levantar a sua cruz significa o nascer de novo pela transmutação das energias sexuais seminais, em pleno fogo sexual do Espírito Santo, para que seu produto suba pela vara espinhal até o cérebro e deste ao coração onde dá-se então início ao nascimento do menino Cristo Interno. É quando a pessoa se despoja do homem velho e se reveste do homem novo (Ef 4, 22-24).

Seguir a Jesus, o Cristo, é sacrificar-se pela humanidade para entregar gratuitamente a Boa Nova ou vinho novo do conhecimento a todos, sem distinção de raça, cor, religião ou nacionalidade. “Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!… pregando o Evangelho, o anuncio gratuitamente…” (I Cor 9, 16-17). “Recebestes de graça, de graça dai!” (Mt 10, 8). “É maior felicidade dar que receber!” (At 20, 35). “Nisto temos conhecido o amor: Jesus deu sua vida por nós. Também nós outros devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos” (I Jo 3,16). Temos que dar “o testemunho da nossa consciência” (II Cor 1, 12). “Mas digo isto: aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza, nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria” (II Cor 9, 6-7).

“Quem pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo” (Gal 6, 3).

Até aqui as doses de vinho novo para este momento.

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(*) O livro de Marcos no original grego termina no versículo 8. A partir daí os versículos são considerados espúrios.

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