DANÇARINA ETRUSCA
A remota dançarina
me observa de sua fronte subterrânea,
com sorriso sardônico.
Todos os ancestrais se agitam
nas minhas memórias, respiração e instâncias
desconhecidas até então
Que
recordam-se da dança
recordam-se do vento e da música
E do ritual festivo.
Uma pequena escultura
que esconde um momento vivo
da vida dos tantos que a circundam
Traz com ela o instante
de um sonho e delírio
Inscritos
dentro das almas aturdidas pela sua beleza
Acendendo em seus corações
as lembranças que ainda estão lá.
… A remota dançarina nos convida
A lhe dar as mãos
e voltar a dançar…
Marina Alexiou, São Paulo – SP
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