E assim é a cidade de Curitiba, tão linda, tão formosa…com seus buracos de minhoca.
Viajo no tempo e volto a encontrar meu irmão, vivo e sorridente, levando-me a passear pela Graciosa. Num corcel amarelo deslizando macio pelo asfalto das rodovias, pela janela de vidro de verdade, vejo as paisagens numa manhã de geada.
Existe graça em viajar no tempo? Em Curitiba é fácil fazer isso…É só entrar no tubo, esperar uma grande nave avermelhada para acessar um novo tubo…e no outro tubo, entrar num ligeirinho e bem depressa você acessa outro tubo. E de tubo em tubo, chegamos a todos os lugares que queremos na hora que desejamos, porque espaço e tempo, são juntos e misturados. Chegamos a parques paradisíacos, a poesia de Paulo Leminski, as obras de Niemayer, os campos, as flores, os jardins, as bocas malditas e as mentes dos Curitibanos, pessoas bonitas, com falas que parecem canções, definindo bem as letras finais de cada palavra. Gosto de ouvir tudo isso.
E mais uma vez eu vi Curitiba, com o coração quente, numa manhã fria de 11 a 16 graus da capital do Paraná. E mais uma vez fui e voltei em segundos eternos.
Elizabeth de Souza
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