No dia 9 de maio de 2013, eu e meu irmão, saímos da cidade de Piraquara (APA), região metropolitana de Curitiba e fomos para Morretes, descendo pela sinuosa e bela Graciosa. Fomos pela não asfaltada estrada original, até certa altura, depois de alguns quilômetros saímos novamente no asfalto, estrada oficial.
Paramos no caminho para comer um delicioso pastel de verdadeiro palmito com 30 cm de comprimento. Foi o nosso almoço.
Andar num corcel 79, dá uma certa emoção, afinal, num carro relíquia não se anda todo dia. E levamos nossa merenda no porta malas: bananas, maçã, pão, queijo, água, café. Um programa de índio, como diriam os não aventureiros das grandes selvas de pedra.
Paramos pelo caminho para ver a paisagem, os rios caudalosos, as pontes variadas, o som das águas batendo nas pedras, a temperatura da água, enfim, um passeio sem pressa, apenas apreciando a natureza e suas belezas.
Saímos de Piraquara depois do meio dia, afinal é com o sol alto que se pode avistar lá de cima, a cidade de Antonina e Paranaguá. De manhã, com a neblina de outono, seria impossível avistar tudo isso.
Meu irmão, companheiro de viagem, levou uma vara de pescar, pescador viciado, mas as águas estavam geladas, sem chance de lambari.
Chegamos em Morretes, em meio as montanhas do litoral paranaense, no final da tarde e lá passeamos pela linha do trem, pelas praças, pelo centro histórico, até quase o sol se por.
Na volta, paramos pra comprar cachaça de banana, um agrado para um amigo do meu irmão. Na subida, já escurecendo, paramos numa bica para pegar água. Fomos surpreendidos pela polícia florestal, mas apenas um bate papo informal.
Quando chegamos no portal, já estava bem escuro, podia-se ver as estrelas, com tal nitidez que parecia um lençol brilhante nos cobrindo.
A estrada da Graciosa, Rodovia PR-410, atravessa o trecho de Mata Atlântica, preservada e bem cuidada. É um trajeto que utiliza a antiga rota dos tropeiros.
Considerada uma das mais belas estradas do Brasil por diversas revistas e sites de viagens, a Graciosa realmente é cheia de graça. Com uma mata linda e diversificada, flores exuberantes pela beira do caminho, pontes e riachos tão claros e límpidos que parecem espelhos, tudo nos encanta, tudo nos surpreende. Na próxima, vou até Antonina…e vou pra Morretes de trem
Elizabeth de Souza
Essa matéria saiu na Revista Entrementes, edição de outono de 2015
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