Detalhes preciosos como o voto!
Por Raul Tartarotti
Em 28 de outubro de 1962, a chamada crise dos mísseis cubanos chegou ao fim. Os presidentes das maiores nações, URSS e EUA, combinaram retirar seus mísseis nucleares apontados, um contra o outro. As negociações foram muitas, e somente um piloto americano morreu durante a tensão, que ocorreu durante um voo de espionagem sobre Cuba, no dia 27 de outubro, que ficou conhecido como sábado negro.
E assim num acordo de cavalheiros, os mísseis nucleares Americanos instalados na Turquia, e os Russos em Cuba, voltaram pra casa.
Aqui em 2022, em nossa guerra política latina, as vésperas das eleições presidenciais, os ânimos têm levado os nervos do povo às raias da violência, e acabaram por nos dar uma baixa também, porém, ocorrida em uma festa de aniversário, onde um militante de um partido de esquerda foi morto por seu adversário político.
O sangue tem que esfriar nessa hora de luta de um povo por seus interesses políticos, porque não é a bala que assina o voto.
A eleição se transforma em sobremesa de morango para um dos lados, porém, o perdedor do pleito, fica com suco de limão-azedo. Essa é a regra, e não adianta espernear após o resultado. A cartilha, que se repete, saúde, educação, comida e emprego, é de fácil entendimento e aplicabilidade, e necessita ser real, na prática, pra que possamos sobreviver além das margens de nossa própria coragem.
A bala e a faca são artimanhas do fraco, que estabelece sua forma de socar a mesa, pela simples falta de argumento e habilidade durante as negociações.
Aquela guerra fria de 1962, comandou politicamente os Almirantes e Generais. Foram tempos que ensinaram ao mundo que a arte da negociação é mais lucrativa e salva-vidas.
Em 2 de outubro, aqui no Brasil será nosso domingo azul, construído pelos mais fortes soldados dessa nação, nosso povo. E as armas estão prontas para serem ligadas na energia elétrica, as urnas eletrônicas.
O sol saiu, e cada vez que ele brilha, diz algo sobre nós, sobre nossas decisões e possíveis resultados.
Por isso não devemos nos gabar em demasia, novos desafios aguardam o amanhecer.
Que tipo de paz desejamos utilizando nossas urnas, a que preço e qual tempo?
Não devemos pensar somente no agora, nossos filhos e netos necessitam estar seguros quando não estivermos mais aqui. Ou você quer ficar somente você e Deus por essas terras, que ele mesmo lhe presenteou.
A decisão mais bem pensada é a que escolhemos como grandiosa e sábia, capaz de singrar mares e tempos. Desenhar caminhos limpos e prósperos, faz mais sentido, mesmo que o território não seja asfaltado, mas que esteja disponível pra ser tocado e aperfeiçoado em detalhes preciosos, como o voto.
Além disso, também necessitamos viver o hoje, porque no agora, somos imortais.
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