Frequento o hoje Espaço Itaú de Cinema, antes Unibanco, desde sua inauguração, em ambos os lados da Rua Augusta. Hoje domingo está prevista acontecer a “última sessão de cinema daquela sala”, entretanto o cinema vai sempre existir e essa peleja, bem que poderia deixar de ser eterna.
De tudo que já foi dito positivamente sobre a importância do anexo, onde também funciona o Café Fellini, ainda resta uma última esperança, que o espírito do encontro entre os “mil povos”, se unam por um bem maior, o de reconhecer no outro o seu modo de viver em comunidade.
O que chama atenção é a miopia empresarial em não perceber a potência econômica, que a inclusão da atividade cultural agrega numa metrópole tão potente como São Paulo. Será que não é hora dá “grana construir coisas belas?”…
Incluir o Anexo do Espaço Itaú de Cinema como novo designer, num empreendimento imobiliário naquela extensão territorial, dignificaria não só nomes como os de Ramos de Azevedo, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha, Ruy Ohtake e tantos outros, edificando o espírito empresarial de um Martinelli, enaltecendo a engenharia e arquitetura, seria um gesto civilizatório extraordinário, que a cidade merece.
Esta irrisória fatura para uma instituição financeira, ou mesmo para o erário Municipal, Estadual e Federal, seria mais uma demonstração de carinho para a cidade, do que a animosidade constrangedora em torno da perda de um bem cultural, tão significativo como este em questão.
Faça um comentário