E lhe daremos um último sorriso – quando a morte chegar
Joka Faria em cantos sobre a morte.
Quando a morte chegar, onde você estará?
Onde eu estarei, quando a morte chegar?
Doce e amargo mistério
Seremos colheita quando a morte chegar?
Nem nossa história.
Ela nos ceifa das maneiras mais estranhas
mas ela chega.
Quando a morte chegar
sem aviso, sem lembrança em suas canções
E para que tanto apego às vaidades da vida?
Se a morte vai chegar…
E lhe daremos um último sorriso
E nossas frustrações serão encerradas?
Nossos desatinos?
Ei morte, que chega sem qualquer aviso.
Tu nunca és percebida
Só o agora este eterno agora sempre nos resta
no mais é a escuridão da morte.
Quando a morte chegar
devemos estar desapegados deste existir
Mas na verdade não
A poesia na chegada da morte
só a dor e o desespero
mas devemos estar serenos
diante deste inevitável destino que é a morte.
João Carlos Faria
Grupo Só poemas
literatura, filosofia e arte
MAIO DE 2022, OUTONO
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