Educação Paulista grita por socorro

 

Educação Paulista grita por socorro, enquanto Deputados Estaduais, eleitos para nos defender, tapam os olhos para a educação e miram na escola militar.

As escolas estaduais do Estado de São Paulo vêm sofrendo um verdadeiro holocausto na parte pedagógica. Alunos com mais de nove plataformas digitais necessitam acessar semanalmente e pouco importa se já deu tempo do professor ensinar ou não o conteúdo.
O verdadeiro foco da educação paulista, não é se preocupar se o aluno aprendeu ou não o conteúdo, mas bater meta. Isso mesmo, bater meta e atingir semanalmente a porcentagem de acesso a todas as plataformas que o governo paulista implantou na rede.
O professor vem enfrentando um verdadeiro desgaste psicológico. Ai da escola que não atingir a meta. Supervisores fazem plantão, forçando os professores a obrigarem os alunos acessarem as plataformas e responderem por intermédio de múltiplas escolhas, chutando quantas vezes forem necessárias as questões até acertarem.
São dessas plataformas que saem as questões da Prova Paulista, uma espécie de prova bimestral, e a escola não pode tirar médias baixas, caso contrário, o espaço escolar é manifestado pela presença dos supervisores que supervisionam o colegiado como uma forma de castigo, uma verdadeira pressão psicologia à direção, equipe gestora e docentes.
Incentivar o professor enxergar as atividades do CMSP como a mais nova cartilha do Estado, é uma coisa, afinal, o professor já tem a base da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para preparar os conteúdos, agora, forçar o professor a bater meta em variadas plataformas que não ensinam nada e só roubam o tempo de professor oferecer um aprendizado de qualidade ao estudante, já é outra coisa.
O governo tem custeado milhões de reais nas plataformas, algo que pedagogicamente falando não têm trazido qualquer benefício pedagógico ao aluno, ao contrário, um verdadeiro desgastes em sala de aula. Uma verdadeira pressão psicológica.
Um ambiente sobre pressão onde o professor e o aluno tem que bater meta para satisfazer o número desejado pelo governador, tem tornado um verdadeiro purgatório nas escolas estaduais.
A escola deveria ser o ambiente mais agradável para aprender alguma coisa. Enfim, não é isso que acontece. Além do governo sucatear a escola com plataformas que não ensinam nada e só enriquece o bolso da empresa que ganhou a licitação das plataformas digitais, a educação estadual de São Paulo vem enfrentando um novo ataque: diminuições de salas de aulas, criação de supletivos de adultos somente uma escola por região da cidade e o pior de tudo, deputados que representam o governador pela região, fecham os olhos por essa calamidade pública educacional e apoiam abaixo assinados elaborados até mesmo por seus assessores para a implantação da escola militar na região.
Os deputados estaduais engajados neste projeto melancólico e o próprio governador estão fora da realidade. Um bom político deveria criar lei, onde seus filhos deveriam estudar nas escolas públicas, para assim encararem a realidade e saber lutar realmente pelo o que a sociedade necessita.
Qual a necessidade da deputada estadual Letícia Aguiar e seu assessor Anderson Senna defenderem a escola militar e fechar os olhos para a crueldade que o atual governador vem fazendo com nossas escolas estaduais?
Quantos médicos, doutores, engenheiros, enfermeiros, empresários e outros mais já se formaram pelas escolas públicas… Será que no ponto de vista deles, a única solução para a educação é o militarismo?
Existem muitas escolas públicas boas pelo Estado de São Paulo. Militarismo não é o único ser que carrega honestidade e competência. Apesar de na Era Genocida, terem demonstrando o quantos são péssimos para estarem na frente do povo.
Está na hora dos Deputados Estaduais da região, Ministério Público, a comunidade escolar e até o doutor Elder que está para se candidatar para prefeito, vestirem a suas camisas ou a educação tornará um colapso.
Em ambiente só de cobrança, sem se preocupar com o aprendizado pedagógico do aluno e somente em números enganosos para divulgar nas mídias, isso não beneficia em nada nossos jovens, ao contrário, pagaremos caros seus futuro, das quais o mercado de trabalho já os aguarda e pouco desejará saber de que maneira eles concluíram o ensino médio.
Os professores estão adoecendo, pois estão presenciando seus anos de preparos pelo magistério sendo engolido por um política mentirosa e fraudulenta.
Quem é o único beneficiário das compras das plataformas digitais pelo governador do estado de São Paulo, já que os alunos não estão aprendendo a nada, ao contrário, são forçados a acessarem e mostrarem números, pois a sua permanência nas plataformas agora vale nota e precisa ser contada como média a cada bimestre.
No decorrer desta semana, 20 a 24 de maio, a diretorias de Ensino estarão realizando gincanas, valendo premiações à escola ou classe que mais acessarem as plataformas digitais. Tudo isso é pelo o motivo de o grande investimento do Estado ser bem inferior ao inesperado.
Acordem, Senhores Deputados Estaduais eleitos na última eleição de 2022, estamos no momento de vê-los lutando em benefício das escolas públicas já existentes por todo Estado e não de apoiarem abaixo assinado para criação de redutos militares. Vocês foram eleitos para defenderem o povo e não somente única classe.
A educação infelizmente pode não trazer voto, porém, gera vida e futuro aos nossos jovens, dos quais dependeremos deles no futuro.

Que futuro nos aguarda com as vossas ignorâncias?

Rogério Rodrigues

Sobre Rogério Rodrigues 23 Artigos
“Rogério Rodrigues é autor da página: https://www.recantodasletras.com.br/autores/rogeriorodrigues2020, escritor, dramaturgo, Acadêmico das Academias: Academia Valeparaibana de Letras e Arte / Academia Virtual da Língua Portuguesa e Literatura (AVLPL), e professor da rede pública de ensino de São José dos Campos/SP. Para conferir seus textos do antigo site, acesse o link abaixo: http://old.entrementes.com.br/category/colunistas/rogerio-rodrigues/”

4 Comentários

  1. Rogério, parabéns por escrever um texto tão necessário, afinal estamos assistindo a derrocada da Educação de formal vil e desumana.
    Até quando a Educação será apenas um meio de político ganhar votos, pouco se importando com o conhecimento dos alunos.
    Os alunos e professores são as vítimas desse sucateamento das escolas públicas e essa ideia absurda de escolas militares já foram descartadas, menos nessa cidade, antes tecnológica, hoje um verdadeiro pasto.

    • Muito obrigado pelas palavras. Estamos apenas cumprindo o nosso papel, enquanto no silêncio e na zona do conformismo, o governo estadual avança sem um plano eficaz em prol da educação. A educação a cada dia, destruído e o pior, com o alvará dos deputados que foram eleitos, mas que não cumprem o seu verdadeiro papel.

  2. Acho um absurdo o que estão fazendo com a educação e os educadores, é desumano este desgoverno que colocam plataformas impossíveis de aprendizagem. É governo ditador, desumano e cruel.

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