Einstein – Cientista e filósofo
Albert – E=mc2- Einstein, físico e matemático alemão, é considerado um dos maiores gênios da humanidade, em todos os tempos. Prêmio Nobel de Física em 1921, em geral seus biógrafos o definem apenas como homem de ciência. Alguém que, familiarizado com cálculos e fórmulas, consagrou-se por desenvolver a Teoria da relatividade.
Alguns poucos autores conhecem ou abordam o caráter humanista e filosófico de Einstein. É o caso do escritor e filósofo espiritualista Huberto Rohden, que teve a oportunidade de conviver com esse gênio em 1945 e 1946 na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
Em seu livro “Einstein – O Enigma do Universo”, Rohden revela facetas pouco conhecidas desse homem extraordinário. Uma delas diz respeito à sua profunda religiosidade, sem professar religião alguma. Os teólogos o consideravam ateu, mas à luz das verdades filosóficas ele era um grande místico.
Todo gênio com esse espírito de religiosidade sente intuitivamente uma afinidade com um Poder Supremo, sem antropomorfizá-lo, como fazem as crenças populares. Einstein tinha a fama de solitário e taciturno. E se presume que naqueles períodos de silêncio e autorreclusão ele conseguia penetrar nos segredos do Universo.
Para muitos místicos o silêncio pode ser considerado uma “música cósmica”, capaz de substituir a música audível. A prática de longos períodos de silêncio pode ser o preâmbulo de grandes transformações internas e possíveis missões a cumprir. O Novo Testamento fala sobre os “quarenta dias de Jesus no deserto”, em profundo silêncio. Da mesma forma, Moisés e Elias viveram esse momento de profunda solidão. Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios, permaneceu três anos no deserto da Arábia, antes de iniciar sua missão.
Para Einstein, a Ciência e a Religião atuam em âmbitos diferentes; a primeira considera e analisa os fatos; a outra se atém a valores.
A questão dos valores diz respeito ao homem e à sua realidade íntima. Para esse grande cientista e filósofo, “o ser humano é uma parte do Todo chamado de Universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos como algo separado do restante, uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Esta ilusão é como uma prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e afeição por algumas pessoas mais próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão para abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza”.
Que bela cosmovisão desse ser humano admirável!
Por Gilberto Silos
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