Enquanto não cai a chuva de verão
Dedicado a Mariana e Marlete
Esta sensação de inexistência, acordar nas madrugadas. Dezembro chega a nossas vidas tão cheio de significados. Ao acaso duas novas amizades que parece não ser como as chuvas de verão. Afinal realmente existimos? E este corpo que insiste em se desmanchar? Rachaduras de um tempo que vai se esvaindo. Quantos segredos desconhecidos a vida tem? Que vontade de sair pelo mundo mesmo por alguns dias ou meses, sem destino. Ter um notebook para registrar esta aventura e desventura e uma velha câmera digital. E a vida repleta de significados, sem que seja primavera. Mas o calor de verão se faz presente. Não me lembro de nenhuma música ou poema sobre dezembro. Então teremos festividades pandêmicas? As aulas estão acabando. Tantas sofridas novidades nestes estranhos dias que já não podemos dar um abraço. E por que?
Acordar de madrugada como uma canção de Léo Mandi. Quantas pessoas nos cercam? E elas simplesmente passarão. É o senhor tempo. E qual é o gênero do tempo? Afinal quem SOMOS nesta imensidade de universo? Afinal existimos?
Joka Faria, João Carlos Faria
Um de Dezembro de 2020
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