Estudar música na infância melhora desempenho acadêmico

Estudar música na infância melhora desempenho acadêmico

Pesquisa mostra que crianças que estudam música desenvolvem habilidades aprimoradas em raciocínio linguístico, memória a longo prazo e planejamento

Crianças que estudam música tendem a desenvolver habilidades cognitivas essenciais para o sucesso acadêmico, revela uma pesquisa da Universidade de Amsterdam, na Holanda, publicada no periódico “Frontiers in Neuroscience”. Ainda de acordo com o estudo, as aulas de música melhoram significativamente o raciocínio linguístico, a memória a longo prazo, o planejamento e a capacidade de desinibição. Além disso, destaca que as aulas de artes visuais também são eficazes no aprimoramento da memória visual e espacial das crianças.

A música desempenha um papel fundamental na integração de crianças, especialmente no ambiente escolar. Ela facilita a comunicação, promove a cooperação e o trabalho em equipe e ensina o respeito pela diversidade. Cristiano Meirelles, ator, músico e dançarino, além de professor de música na Escola Lourenço Castanho, destaca que, para se trabalhar música, especialmente no coletivo, a pessoa precisa estar aberta à colaboração, ao ouvir o outro. “A música exige muita escuta e nos leva a um espírito colaborativo. Sem ouvir os outros, não conseguimos compreender, inclusive, o que estamos fazendo”, comenta.

Ele também enfatiza que, no contexto educacional, a música tem grande importância na compreensão do tempo. “Através do ritmo musical, que é algo regular, os alunos aprendem a manter o tempo e a perceber variações, como o pulso, que difere por ser irregular,” explica. Cristiano ressalta, ainda, que a música beneficia outras disciplinas, como História e Artes, pois reflete diferentes culturas e épocas. “Cada tradição cultural possui estruturas musicais únicas, desde a forma como a música é concebida até a nomenclatura e a organização das notas. Aprender música é, portanto, uma forma de conhecer diversas culturas,” acrescenta.

Visão crítica

Dados do Relatório Global de Música de 2023 indicam que a indústria musical continua a crescer, com um aumento de 10,2% nas receitas globais de música gravada. Essa alta é impulsionada pelos investimentos contínuos das gravadoras. Em vista disso, Cristiano ressalta que, ao estudar música, os alunos desenvolvem um senso crítico mais aguçado. “Nas aulas, exploramos diversos universos musicais e referências que ampliam a visão do aluno, ajudando-o a prestar atenção em aspectos que ele talvez não notaria, e a aumentar sua percepção,” explica.

O aluno também se torna um facilitador de uma comunicação mais eficaz dentro da família, uma vez que a música melhora a compreensão entre pais e filhos, permitindo uma expressão mais acessível de emoções. “Ao aprenderem uma pequena sequência ou ao tocarem um instrumento, os alunos levam essa experiência para casa. Eles cantam juntos no carro e até compartilham histórias. Um exemplo disso foi o projeto ‘Saltimbancos’ no terceiro ano do Ensino Fundamental 1, onde abordamos uma obra da época dos pais”, detalha.

Espaço voltado à Arte

O professor chama a atenção para a importância de espaços dedicados à Arte nas instituições de ensino, como a Galeria de Arte da Escola Lourenço Castanho, que recebe renomadas exposições. “Ter uma galeria de arte na escola proporciona um ambiente que educa com grande consistência e profundidade, além da sala de aula. Sabemos que uma escola é um espaço de aprendizado em todos os aspectos, desde a fila do lanche, onde se aprende a conviver e se organizar. Uma galeria, nesse contexto, é um verdadeiro tesouro para a escola”, conclui Cristiano.

Sobre Cristiano Meirelles

Cristiano Meirelles é ator, músico e dançarino com formação em Música pela Faculdade Cantareira, Artes Cênicas pelo Palácio das Artes, Acordeom Popular pela ULM-SP (atual Santa Marcelina) e Danças Brasileiras pelo Instituto Brincante. Na Escola Lourenço Castanho, é professor de música e coordenador da Festa Junina.

Sobre a Escola Lourenço Castanho 

Oferece um projeto pedagógico inovador, que extrapola o trabalho com os conteúdos produzidos pelas grandes áreas do conhecimento, investindo também no desenvolvimento da autonomia e da crítica, na análise da dimensão social construída pelos estudantes e na vinculação com o saber. Ao longo dos anos, a Escola mantém o compromisso com seus princípios, consolidando a formação integral como a base de seu projeto pedagógico-educacional.

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