Eu sou o que sou
Eu sou assim, nada mais e nada menos, tudo dentro do EU SOU e do que venho a caminhar por esta existência. Sei que cheguei de mãos vazias e vou me embora de mãos vazias. O tempo em que elas estiveram cheias, foi pura ilusão, uma brincadeira que se desenrola independente do meu querer. E ainda recebo aquele irônico comentário: “Quem não sabe brincar, não desce para o play”. Mas eu nem queria descer – a descida rolou naturalmente, independente do meu querer. Estou tentando subir e sabendo ou não brincar, brinco o tempo todo divertindo-me nesta aventura. Rio de tudo, até da minha ingenuidade, uma herança que me acompanha junto a uma racionalidade cortante. E elas dançam entre si para equilibrar a balança.
Enquanto isso, experimento prazeres e dores com a mesma intensidade. Quisera só o prazer, mas me é negado com a justificativa de que a dualidade é necessária para se alcançar a síntese.
E vou vivendo o aqui e agora, experimentando a plenitude da minha respiração até me expirar de vez. E quando partir, não terei arrependimentos, porque fiz o que quis, amei a quem escolhi e trilhei caminhos di-versos…partirei leve, sem carregar malas ou mochilas, porque já carreguei algumas em minhas viagens tridimensionais. Nas aventuras multidimensionais, a vantagem é não carregar nada, o que vale é o voo para lugar nenhum, que é o meu lugar.
Estava a caminhar pensando nisso, quando ouvi o Paulinho da Viola cantando o “Meu mundo é hoje” (Eu sou assim) e isso me encheu de emoção. Ufa, ainda bem que não estou só no mundo a sentir coisas estranhas.
Elizabeth de Souza
Fev/22
Meu Mundo é hoje (Eu sou assim)
Composição de Wilson Batista e José Batista
Paulinho da viola
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim, eu sou assim
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim, eu sou assim
Meu mundo é hoje
Não existe amanhã pra mim
Eu sou assim
Assim morrerei um dia
Não levarei arrependimentos
Nem o peso da hipocrisia
Tenho pena daqueles
Que se agacham até o chão
Enganando a si mesmo
Por dinheiro ou posição
Nunca tomei parte desse enorme batalhão
Pois sei que além de flores
Nada mais vai no caixão
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim, eu sou assim
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim, eu sou assim
Meu mundo é hoje
Não existe amanhã pra mim
Eu sou assim
Assim morrerei um dia
Não levarei arrependimentos
Nem o peso da hipocrisia
Tenho pena daqueles
Que se agacham até o chão
Enganando a si mesmo
Por dinheiro ou posição
Nunca tomei parte desse enorme batalhão
Pois sei que além de flores
Nada mais vai no caixão
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim, eu sou assim
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim, eu sou assim.
Interpretação perfeita de Paulinho da Viola
Em 2003 foi gravado um documentário sobre o Paulinho da Viola, procurei pelo mesmo, não encontrei, mas deixo o trailer abaixo.
Paulinho da Viola – Meu Tempo é Hoje (2003) – Veja o Trailer:
Texto inspirado. Bela mescla de poesia, filosofia e vivências. No final, Paulinho da Viola. Que delícia ler!
Valeu Beth.
Obrigada pela leitura, Gilberto!
Paulinho da Viola está sempre sentado naquela mesa dentro do meu coração.
Abração!