Festa Literária em Itanhandu

“Ainda em andamento, a Festa Literária de Itanhandú, que escolheu o mês de novembro e a primavera, para nos presentear, entre montanhas, com seus talentos. Juliana Franco, Accyolly Kassy, Toninho Foureaux Costa, Terezinha Henriques Paiva, Guiomar Paiva Brandão, Henrique Pinto, Eldes Saullo, Maria Donotila de Mancilha, Alípio Soares, José Roberto, Fernanda Oz, a bela Débora e Dirceu, Coimbra, foram alguns dos artistas que conheci e me apaixonei nesse encontro ímpar. Entre montanhas, a alma fica de janela aberta, talvez por isso, a sintonia entre Arte e Artistas, nesse evento impulsionado por um Secretário da Cultura muito jovem e por munícipes da cidade de Itanhandú, tenha sido tão metafísico. Nos emocionamos ao ouvir Donitila, uma cantora erudita de 80 anos, cantar”Anima”, quase um canto gregoriano.


Também nos emocionamos ao ouvir a poetisa Débora recitar seus versos que curiosamente penetrava e mexia nos átomos da gente, nos fazendo entrar em contato com energias elevadíssimas. Disso já sabia, Fernando Pessoa e Mallarmé, pois em cada palavra-som, existem vibrações que podem nos fazer entrar em transe, fazendo-nos vibrar na frequência do Verbo. Bem sabemos que a poesia é capaz disso. O grande escritor mexicano, Otávio Paz, em seu livro A OUTRA VOZ, também faz referência a essa propriedade da linguagem poética. Pois foi essa a vibração que nos fez fazer do evento em Itanhandú, um episódio singular. Não posso esquecer da Guiomar Paiva recitando seu poema QUINTAIS. Manoel de Barros teria gostado dele. Ainda agora a festa em Itanhandú continua, pois trata-se de uma Semana Cultural, onde todas as artes se abraçam e se harmonizam. Quem quiser conhecer o que há de imperdível nas pessoas, vá agora mesmo para lá, pois aquelas montanhas das “Gerais”, não pararam de produzir suas incríveis pedras preciosas.”

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