Havia um Piva na biblioteca da velha Estação da Cidadania

Havia um Piva na biblioteca da velha Estação da Cidadania, a arte foi expulsa na cidade liberal – Nós resistência!

A vida é estranha, mais de cinquenta anos a desbravar livros, canções e filmes é um alivio ao coração. Apesar de nossos corpos, nos sentimos vivos e esperando aventuras, descobrimentos, a morte deve ser uma mera passagem.
Um velho livro lido e relido nos relata o fim de uma humanidade, a contemporaneidade nos traz as teorias das conspirações e me aventuro em todas as possibilidades de leituras, canais de youtube. E canções, inúmeras canções. Ainda não escrevi meus roteiros de filmes imaginários. Não produzi longas metragens e nem passei em concursos. Quantas arvores e nem plantei uma. Simon & Garfunkel toca em minha imaginária vitrola.
Alan Brandão nos mandou seu nome e RG. Ele que canta na rua sete de setembro. Hoje estive a esperar alguém numa rua ao lado do cemitério e a vida ali corria sem parar em meio as máscaras. Não ouvi o canto de Alan Brandão, nem as canções de Léo Mandi e Edu Planchez ou vi, um filme que nunca fazemos!?
Hoje, o quase terror de pandemia, explosões e rumores de guerra…e não estamos no apocalipse? Já abandonei há algum tempo, as religiões, sigo minha jornada solitária buscando voltar ao universo. Quem sabe estamos num planeta prisão…e desmemoriados? Mais uma impossibilidade conspiratória? Sou livre para fazer minhas reflexões, livre pensador como Dailor Varella nos dizia. E quem diria, Solfidone nas redes sociais! Tempos pandêmicos em que seres humanos mudam de sexo, posições e inúmeras variantes sexuais e se fazem representar na vida das redes sociais. E nas ruas? Vivemos presos a celulares e gente com medo de chip em vacinas? Quem somos nesta pós modernidade / hipermodernidade? Explica ai Ghiraldelli!
Maldades do devasso presidente sendo reveladas, desemprego, fome e nós no silencio das redes sociais. Simon & Garfunkel é encanto, puro encanto. Quando eu, em minha verdadeira realidade, lembrarei de suas canções e deste pequeno planeta ilusório. Quero pedalar pela Serra da Mantiqueira, de máscara ajuda com o pó das estradas de Agosto.
Quantos poetas, escritores a se desbravarem nesta cidade das palavras. Cidade sem sua Estação da Cidadania. E havia um Piva perdido na biblioteca da Estação. Eu, em tantos grupos de WhatsApp e nem me atentei para um mutirão da resistência ARTISTICA da cidade no resgate dos pertences do Velhus Novatus. Que cidade! Sempre diz um jornalista.
E a vida sempre segue na luta contra os moinhos de ventos. Nós, guerreiros Brancaleônicos. Resistir e existir a estas conspirações de deuses que nem deuses são. Não entrem em portais. Apenas morra e liberte-se. A vida esta aí, estamos escrevendo nossas memórias. Sigamos livres, seres cósmicos.
Ouçam o cantar de Alan Brandão na Rua Sete de Setembro. Inverno de 2020, São José dos Campos SP.

Joka Faria
João Carlos Faria

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