História do Mosteiro de São Bento

História do Mosteiro de São Bento

No centro da cidade do Rio de Janeiro, um local de paz e espiritualidade. Essa frase, de certa forma, resume o que é o Mosteiro de São Bento – um lugar cheio de história.

Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sérgio Castro Imóveis apoia construções e iniciativas que visam o crescimento da Cidade Maravilhosa sem que as características mais simbólicas do Rio se percam.

Em 1590, os monges beneditinos Frei Pedro Ferraz e João Porcalho aceitaram um presente do fidalgo Manuel de Britoa. A doação era uma faixa de terra, onde havia a capela a N.S. da Conceição.

Detalhe de uma pintura de 1841 do francês Jules de Sinety mostrando o porto do Rio e o Mosteiro de São Bento sobre o morro homônimo
Detalhe de uma pintura de 1841 do francês Jules de Sinety mostrando o porto do Rio e o Mosteiro de São Bento sobre o morro homônimo

Recém-chegados da Bahia, os monges viram na região o lugar perfeito para erguer um Mosteiro: “As boas condições de defesa oferecidas pelo local, no alto da colina com vista panorâmica da Baía da Guanabara, além do ótimo clima – graças aos ventos salubres da Baía, longe dos pantanais, representaram fortes motivações para que a obra fosse erguida lá” frisa um texto informativo da prefeitura do Rio.

Enquanto as obras para a construção do Mosteiro não começavam, os monges se abrigavam e faziam as celebrações religiosas na antiga capela de N.S. da Conceição.

Considerando a antiga capela, os monges adotaram a santa como padroeira. No entanto, em 1596, uma decisão da Junta Geral da Congregação Portuguesa ordenou que todos os mosteiros beneditinos no Brasil deveriam ter como patrono São Bento. O mosteiro, que ainda estava sendo projetado, adicionou o nome “São Bento” à sua denominação.

NYPL - Debret, Jean Baptiste - Desembarque da Princesa Leopoldina no Rio de Janeiro com o Mosteiro de São Bento ao fundo
NYPL – Debret, Jean Baptiste – Desembarque da Princesa Leopoldina no Rio de Janeiro com o Mosteiro de São Bento ao fundo

Alguns anos mais tarde, em 1602, o então “Mosteiro de São Bento de Nossa Senhora da Conceição” mudou de nome para “Mosteiro de Nossa Senhora de Montserrat”. A ideia foi homenagear a santa de devoção do então governador da Capitania do Rio de Janeiro, dom Francisco de Souza.

A mão de obra utilizada na construção do Mosteiro era escrava. Em 1617, foram traçados os planos do novo edifício. O responsável foi o engenheiro militar português Francisco Frias de Mesquita.

Igreja de Nossa Senhora de Montserrat por Fuviubsas

As obras da igreja só começaram em 1633, pela capela-mor. Por volta de 1650, os trabalhos foram intensificados e terminaram em 1671. Toda essa demora se deu por diversos motivos. Um deles foi a alteração no projeto original da construção, realizada por Frei Bernardo de São Bento Correia de Souza, que era arquiteto.

O mosteiro anexo à igreja foi concluído em 1755, com a construção do claustro, projetado pelo famoso engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim.

Matrícula do 1º aluno Francisco José Ferreira Villaça, que se tornou monge e após sua morte obteve fama de santidade
Matrícula do 1º aluno Francisco José Ferreira Villaça, que se tornou monge e após sua morte obteve fama de santidade

Depois de tudo finalizado, o espaço começou a funcionar para suas devidas finalidades. Além disso, ao longo dos anos, passou a abrigar o Colégio de São Bento, as Edições Lumen Christi, a Faculdade de São Bento, a Casa de retiros de Emaús e a Obra Social São Bento.

Vista frontal da Igreja com prédio do antigo ginásio à esquerda, inaugurado em 1904 e demolido na década de 1970.
Vista frontal da Igreja com prédio do antigo ginásio à esquerda, inaugurado em 1904 e demolido na década de 1970.

Fundado em 1858, o Colégio São Bento formou muitas personalidades brasileiras, como Pixinguinha, Noel Rosa, Villa-Lobos, Cazuza, entre muitos outros” conta o historiador Maurício Santos.

Esse é o Mosteiro de São Bento, um local de paz e espiritualidade e muita história no centro do Rio de Janeiro.

Felipe Lucena é jornalista, roteirista e escritor. Filho de nordestinos, nasceu e foi criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em Curicica. Sempre foi (e pretende continuar sendo) um assíduo frequentador das mais diversas regiões da Cidade do Rio de Janeiro.

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