Ler Jacek Ricardo Sielawa é sentir-se estranho

Ler Jacek Ricardo Sielawa é sentir-se estranho
Ler Jacek é sentir-se estranho, sair da realidade. Afinal o que é isto aqui?
Poesia de uma maneira bem pessoal, anárquika, reinvenção da língua. O que Ezra Pound nos diria destes poemas?
Quem nos dará respostas nos dias atuais? Reinaldo de Sá?  Moraes? Ricola?  Quem ousa escrever sobre um abusado poeta abusado.
Solfidone o traduziria?  Beth Brait? Paulo Rafael nos daria alguma pista? Algum colunista do Entrementes?
Quando o teremos em livros para enviar aos doutores das letras, Marcus Groza?  Selmer o que diz?

Bruno Ishisaki, entendedor de Edu Gair…Afinal o que é poesia?

Moisés e seu Simeos?
Vamos fazer uma conferência na Praça Afonso Pena?
Tomar água de coco, caldo de cana e conversar com JACEK ?
Beth Souza nos de uma resposta em um escrito. É preciso encontrar Paulo Rafael?
E a poesia não se decifra, fala a alma.
Joka Faria , 30 de Junho de 2022
Nesse meu início de “vida?” no miniaturizado mundo feice- lulárico, juro, q por ser cego, e possuir mãos trêmulas, de tanto teclar aleatoriamente qq botão cujo nome minha cegueira em se propalando por meus dois neurônios, bem ou mal entendidos, mas com bom gosto eram (e são) técnica e mecatronicamente bonitinhos e fofos, ou por possuir feições interessantes, q, sei lá como consegui a feicebúquica proeza de me tornar amigo de mim mesmo. O pior de tudo q eu respondi.
P o marujo cuja alma já se tornou mar, vento
Ondas, tempo, pra vagar no infinito mar, não é preciso o precioso viver. Basta sentir.
No q vc tá pensando? caro amigo barato
Viva Zapata, viva Mariguela,
viva nosso decontentamento
com o governo fascista
de lava ustras, pouco brilhantes
para apenas um pinho sol
um detergente sem arames farpados
bombris de madames evangélicas,
sem militares, sem soldados,
que jamais deterá gente como a gente
que sonha, que vive,
enjaulado pelos patrões, ou não,
nos negreiros navios, ou não,
nossa liberdade individual
ninguém haverá de arrancar-nos
Perdi no universo, paralelamente transverso, sem reverso, sem verso, ou, contrário disso, onde exila-se no ponto central da confluência dialética resultante da interação disto com aquilo, ou ganhei-as em excesso. Para além de mais mim, confesso içado isso, nunca tal ato ou ação chegou atingir, mesmo que no gradiente zero foi um processo tipo assim naturalmente reprovado de retrocessos, enfim … um naturalmente natural processo. Sempre em mim coube um latifúndio de lamúrias e depressões sem alegria, sem amor, sem lágrimas, sem sucesso, sempre alienei-me, adjetivamente constante, fugaz, rotineiro, retilíneo, normal como uma fuga da loucura, andante em retas lineares rumo ao vazio do anti processo.
Desejei, como todos seguidores de seitas e sites e sítios suicidas desejam, que os pobres não fossem nunca mais pobres, mas saciados, de leitura, cultura e igualdade e sexo, mas ao avesso contrário de fantasias mínions, quase minhas, meio de quase todos, pois estranhamente quase que todos só desejam o bem dos outros, tirando aqueles que não se ajustam aos loucos de mais eu inda menino no bairro da vista verde ao vila ema onde poema em mim se virou rotina, fábrica de poemas, os vi ficarem mais e mais pobres de calorias de alimentação mínimas. Quiz, cem por cento, meio que hipocritamente, que os ricos se enricassem aos borbotões com colarinhos nos quintos no quintal dos istátis, iconoclasta de Istátuas em Miami, capital burguesa da realeza da república súbita do preconceituoso, racista, misógeno Brasil, ou em Budapeste, Ulan bator, Bujumbura ou Bagdá, e de nada adiantou-me afirmar em afirmações afirmativas que eu jamais lhes pertenceria, por mais que me torturassem, e politicamente colhi humilhantes derrotas quando confrontado com o macho caucasianamente branquelo, latino, garanhão, neoliberal, e recebi apenas o desdém de quem por pena fingiu ouvir-me, obrigado, Sr, como isso me comove, e como Cassandra, mitologia grega, fui agraciado com o dom de prever futuros, para além de idos, porém em atuais tempos de se viver. Prever o que o futuro reserva-nos, com o porém de não ser ouvido, na real ou metaforicamente falando, realidade. E eu os avisei a todos, meus irmãos de peleja e poesia, ou ambos ao mesmo local, ao mesmo porvir e tempos, porém quando vi que ninguém me escutava-me tentei, com toda tentativa que o tentar pode se manifestar, solitariamente solitário lutar qual Quixote, preso em psiquiátricas pós modernas instituições, “admirável mundo novo”, salvando donzelas na d’avílica Nélson. Tomei porrada, juro, fui torturado, e de tanto cabo elétrico enfiado em anus a fio, volts, tomei choques grátis, gracias, govierno militar, e ao cabo, sobrou-me uma massa fatiada, disforme, retorcida que ao cabo do tempo nunca mais gerará, diferença de potencial, eu, nem mesmo no âmago de minha profundíssima essência, colecionei inimigos, que em verdade eram produtos virtuais de minha raiva, um ódio terminalmente determinantemente suicida de minha própria imagem e do que fizera a mim, mim mês, sabe não?. Lutei, sofri, não sei se derrotaram-me ou se me auto derrotei, acho mais elegante matar-me a deixar que me matem, e perdi-me para todo sempre numa floresta concreta, cretina, concretina, rodeado de selvagens e cercados , de elétrico potencial, então percebi que a avenida que sonhei pavimentada era em verdade, em verdade, um beco sem saída, quase um buraco sem solução ao meu povo transitar alegre e faceiro pelos parques nacionais, andinos, africanos, amazônicos, centro americanos do Alaska e do Canadá, da terra do fim do mundo no Chile ao Pacaraima em Roraima, um vácuo desprovido de deuses, um sonho que nunca chegou nem mês tangenciando o arco íris após aquela chuvasca, naquele dia que experimentei ayahuasca, contido na palavra quiçá sagrada, namastê, amém, axé quando se juntam às palavras em cujo cerne carregam algo estranho q só existe neste nada criado pela vida louca, neste nada profundo.

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