Libertadores da América

Troféu da libertadores da américa

Libertadores da América
Um momento eufórico no Brasil, onde o Palmeiras agora é o Campeão da Libertadores da América, depois de um gol nos últimos segundos do segundo tempo. Os torcedores depois de um duro sofrimento, comemora esta vitória, numa catarse merecida. Eu não sou torcedora de nenhum time, mas dou os meus parabéns a Dalto Fidêncio, torcedor do Palmeiras.

Aproveitando esse momento bonito, por algumas horas pode-se esquecer o sofrimento desse país com tantas mortes e tantas desgraças, gostaria de colocar o motivo nobre do nome dessa disputa: Libertadores da América!

 

Libertadores da América

A “Libertadores da América” é organizada anualmente pela Confederação Sul Americana de Futebol (Conmebol ou CSF) com a participação de equipes da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O México também já participou em edições passadas.
Tudo começou quando criaram um torneio para reunir os clubes campeões de cada país da América do Sul. As partidas entre times começou na América do Sul no ano de 1900 com a “Copa Competência” com clubes de Buenos Aires e Rosário, na Argentina e Montevidéu, no Uruguai.
Em 1948 foi disputada o Campeonato Sul-Americano de Campeões. A ideia era do chileno Luis Valenzuela e de Robinson Álvarez, que decidiram organizar esse evento em Santiago.
Em 1958, o brasileiro José Ramos de Freitas, na época presidente da Conmebol, viajou alguns países da América do Sul, com o intuito de criar um novo formato de campeonato.
Em 1959, foi realizado em Caracas um congresso para fortalecer essa ideia chilena de criar a Copa dos Campeões da América, com apoio da Argentina e do Brasil e ficou decidido pela CSF a criação da Copa dos Campeões da América, o primeiro nome recebido.
Sete países participaram da primeira edição da Libertadores, que aconteceu no dia 19 de abril de 1960, quando aconteceu o primeiro jogo entre Peñarol, do Uruguai e Jorge Wilstermann, da Bolívia. O Peñarol ganhou de 7 a 1.
Em 1965, esse torneio foi rebatizado de Copa Libertadores da América em homenagem aos heróis das independências dos países sul americanos como Simon Bolívar, José de San Martin, Bernardo O’Higgins e José Gervásio Artigas e Pedro I.
A Copa Libertadores da América é a competição de clubes de futebol da América do Sul de maior importância e uma das mais prestigiadas do mundo. Os times sul-americanos lutam para conseguir se destacar porque garante vaga para o Mundial de Clubes da Fifa. O time que ganha e torna-se o campeão da Libertadores, disputa então a Recopa Sul-Americana.

 

Os Libertadores da América

Quando se fala em Libertadores da América, o termo se refere aos grandes lideres que lutaram pela libertação dos países latino-americanos dos domínios dos europeus.
Conhecemos essa disputa entre times de futebol, mas não podemos esquecer que é uma bela homenagem aos grandes libertadores desse nosso belíssimo continente. Uma homenagem aos guerreiros que lutaram e morreram pela libertação da América Latina.

Simon Bolívar

Esses Libertadores da América foram os líderes que libertaram as colônias hispânicas, como também a colônia de Portugal, no caso, o Brasil nos séculos XVIII e XIX. Muitos deles eram burgueses descendentes dos europeus que começaram a combater; influenciados pelo Iluminismo e pelos ideais libertários, o movimento foi pela libertação das colônias e se livrar do jugo dos espanhóis, da cobrança de impostos e da forte fiscalização das metropólis. Os colonos mais abastados, chamados de criollos, juntaram-se a população para a luta e autonomia dos seus territórios. Foram poucos os movimentos de libertação liderados exclusivamente pelo povo, que foi o caso da Ilha de San Domingo (Hoje Haiti), onde a luta foi exclusivamente liderada pelos escravos, de origem africana. No México o movimento foi liderado pelos padres Hidalgo e José Morellos. No Peru, por Tupac Amaru.

 

Os grandes líderes Libertadores da América foram Simón Bolívar e José de San Martín, que tiveram grande destaque dentro de toda essa trajetória. O objetivo deles era tornar a América do Sul uma nação livre e única. Nesse caso, Bolívar e San Martín foram os dois líderes mais importantes e tiveram um papel fundamental de expulsar os espanhóis assim como incentivar o surgimento de vários movimentos de rebelião pelo continente.
Simon Bolívar, José de San Martin, Bernardo O’Higgins e José Sucre foram os quatro que conseguiram libertar os primeiros países da América Espanhola.
Simon Bolívar além de um grande líder, tinha ideais bem mais ousados, de libertar as ex-colônias espanholas e transformá-las numa única e grande nação, mas foi derrotado nessa ideia num Congresso que houve no Panamá, onde se definiram os rumos dos países americanos libertados.
Mas além desses libertadores, houve outros de grande importância e que devemos destacar:

 

José Gervasio Artigas (Uruguai)
Bernardo O’Higgins (Chile)
José Miguel Carrera (Chile)
Manuel Belgrano (Argentina)
Antonio José de Sucre (Venezuela)
José Joaquín de Olmedo (Equador)
Dom Pedro I do Brasil (Brasil).

Ainda são considerados Libertadores:
Francisco de Miranda (precursor da independência hispano-americana)
Manuel Rodríguez (Chile)
José Bonifácio (Brasil)
Eugenio Espejo (Equador)
Juan Pablo Duarte (República Dominicana)
José Martí (Cuba).
Mariano moreno (Argentina)
Cornelio Saavedra (Argentina)
José Artigas (Uruguai)
Juana Azurduy (Bolívia e Peru)
Manuel Ascencio Padilla (Bolívia)
Francisco de Miranda (Venezuela)
Ramón Castilla (Peru)
Francisco Antonio de Zela (Peru)
Miguel Hidalgo (México)
Jose Maria Morelos (México)
Augustín de Iturbide (México)
José Gaspar Rodriguez de Francia (Paraguai)
Pedro Juan Caballero (Paraguai)
José Martí (Cuba)
Carlos Manuel de Céspedes (Cuba)
Juan Pablo Duarte (República Dominicana)

Há um certo desgosto ver alguns jogadores do Brasil, considerados craques de alto nível e ao mesmo tempo completamente despolitizados, sem consciência de classe e reacionários – podemos constatar o quanto desconhecem a história da nossa querida América Latina. É lógico que tem muitos jogadores que são exemplos de humanidade e politicamente conscientes do papel que tem no continente de luta, guerras e sacrifícios. Gosto de citar o Maradona, que perdemos recentemente, assim como o nosso querido Sócrates que sempre fez jus como representante do futebol em nosso país. Acredito que tem muito mais jogadores conscientes, além dos que citei acima.
Enfim, é preciso conhecer a História, para podermos entender as narrativas.

Viva a América Latina!
Viva os Libertadores da América!

E viva o Palmeiras, campeão da Libertadores 2020!

Elizabeth de Souza

Sobre Elizabeth Souza 407 Artigos
Elizabeth de Souza é coordenadora e editora do Portal Entrementes....

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