Médicos Cubanos é, de 2013 para cá, mais do que apenas a junção de duas palavras ou um nome composto para designar a nacionalidade de um grupo profissional. Medicos Cubanos, neste contexto, tem caráter social, ideológico, político e, claro, também tem a ver com saúde.
E não à toa a Médicos Cubanos, a banda que acaba de lançar o disco de estreia ‘Meu próprio clube da luta’, se apropria de quase todas as vocações do termo nas letras, com muito deboche, ironias para abordar assuntos sérios e do cotidiano do brasileiro.
Ouça o disco aqui: https://linktr.ee/medicoscubanos
‘Meu próprio clube da luta’, gravado em São Paulo, no estúdio Aurora, traz 10 faixas inspirados em sonoridades dos anos 90, em que o trio Duh Bellotto (vocais, guitarra e sintetizador), Tati Carmelo (baixo) e Victor Reis (bateria) abordam positividade tóxica, espiritualidade, política e da vida em São Paulo, além de referências à cultura pop.
Em cada faixa, a mensagem, no entanto, é séria: o momento pede que cada indivíduo olhe para dentro, reflita sobre o mundo externo, mas sem, jamais, perder a diversão. A Medicos Cubanos mostra neste álbum, com responsabilidade e respeito, que cabe humor em críticas ácidas e sóbrias.
“Tudo foi ensaiado meses antes de gravarmos em estúdio. Num mundo onde muita gente grava no celular e plugins, gravar tudo separado com amplificadores de verdade, guitarras diferentes, 19 microfones na bateria, foi uma opção estética e muito mais artística do que qualquer outra coisa. Isso também nos colocou para pensar, e tivemos tempo para ir amadurecendo essa arte, tanto q muitas letras eu mudei na hora de gravar”, fala o trio sobre o processo criativo e técnico do álbum.
Como ressalta a banda, ‘Meu próprio clube da luta’ é baseado na técnica do Tim Maia para setlist: “uma esquenta sovaco, uma mela cueca”. No universo da Medicos Cubanos isso significa: músicas alegres e bem humoradas para chamar atenção e interesse pelo disco como um todo. Vide os dois singles do disco, ‘Bar e Lanches’ e ‘Eu não falo emoji fluente’.
“Na Medicos Cubanos a ideia é ter letras que tragam pensamento crítico, mas numa via mais irônica e debochada, mesmo”, reforça a banda.
Peça importante neste momento da Medicos Cubanos é o Zé Gotinha, apresentado na capa do single ‘Eu não falo emoji fluente’. O personagem terá papel importante nos videoclipes da banda, dando outras interpretações à música do trio.
O único spoiler é que o Zé Gotinha, às vezes deixado de lado e desacreditado pelo Governo Federal, será resgatado pela Médicos Cubanos e, daí em diante, muita coisa acontecerá!
Show de lançamento
‘Meu próprio clube da luta’ estreia ao vivo neste sábado, 9 de juho, em São Paulo – também é a volta do Medicos Cubanos aos palcos! A apresentação acontece no Estúdio Aurora, a partir das 20h. E tem participação especial da banda Cat Vids.
Medicos Cubanos
A gênese da banda data 2013, época em que os médicos cubanos começaram a desembarcar no Brasil. “Surgiu aquele meme de que eles já seriam melhores que os Engenheiros do Hawaii. Na hora, eu que era um magnata da internet, já registrei o domínio medicoscubanos.com.br e recrutei alguns amigos pra a banda”, conta Duh.
No entanto, o real início da Médicos Cubanos é 2019, já com a atual formação, vide que de 2013 até 2019, apenas um show foi realizado e nada mais. Desde então, lançaram 3 EPs, até chegar ao disco ‘Meu próprio clube da luta’.
Integrantes
Duh Bellotto: vocais, guitarra e sintetizador
Tati Carmelo: baixo
Victor Reis: bateria
Instagram
www.instagram.com/medicos.cubanos
Crédito: Mario Ladeira
Medicos Cubanos
Ativa desde 2019, a banda Medicos Cubanos é de São Paulo e faz rock alternativo. Já lançou 3 EPs e se prepara para o lançamento do primeiro álbum, já intitulado Meu próprio Clube da Luta, que chega ao streaming no dia 8 de julho de 2022.
Integrantes
Duh Bellotto: vocais, guitarra e sintetizador
Tati Carmelo: baixo
Victor Reis: bateria
Instagram
www.instagram.com/medicos.cubanos
Ficha técnica do álbum
Produzido por Carlos Eduardo Freitas
Gravado entre outubro de 2021 e janeiro de 2022 no Estúdio Aurora por Carlos Eduardo Freitas e Júlio Miotto (bateria)
Mixagem: Alexandre Oliveira
Masterização: Carina Renó, no Estúdio Aurora
Participações especiais:
1. Para a paz
Helena Hennemann – backing vocal
Vinicius Favaretto – backing vocal
2. Eu não falo emoji fluente
Helena Hennemann – backing vocal
Vinicius Favaretto – queixada
3. Namastreta
Carlos Eduardo Freitas – guitarra
Vinicius Favaretto – backing vocal
4. a Dinamarca não é aqui
Carlos Eduardo Freitas – guitarra
5. mau bebedor
Carlos Eduardo Freitas – guitarra
duh bellotto – synth
6. bom dia
Pepo Ishikawa – guitarra solo
7. Zé Gotinha
Vinicius Favaretto – triângulo
8. planta morta
duh Bellotto – piano
9. bar e lanches
Carlos Eduardo Freitas – guitarra
Vinícius Favaretto – meia lua
Participação especial: Dona Edi do Bar do Biu
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