MUAU, Educação e canções.

Muau, Educação e canções.

A sonoridade de Alê Freitas

Esta manhã abri o Entrementes com a ampulheta do tempo bem desfavorável e ouvi a canção do grupo “Feito Café”. Tenho acompanhado o Festival Muau para descobrir os tesouros de nossas canções. Um festival nestes dias é muito necessário. Quero ver as novas canções de Edson Souza que foi uma referência da contracultura no final dos anos 80. Tem novidades chegando – a parceria dele é ótima com uma poeta!
O Entrementes felizmente já há um bom tempo tem dado espaço a nova música. E tem novidades em breve. E a canção deste duo de Angra dos Reis aqui, quase pertinho do nosso Vale do Paraíba. Hoje, após o trabalho o cansaço veio. Em breve, um recesso para finalizar este difícil ano que se vai. Tantos amigos partindo desta dimensão. Vejo o eterno cansaço dos colegas professores que vivem a antecipar os problemas de nossa sobrevivência e deixar para 2021 os problemas de 2021.
Agora quero descobrir novas cachoeiras e praias. Fazer minhas caminhadas e pedaladas. Nada de shopping, lotações e as tradicionais aglomerações das festividades de final de ano. E esta canção é um alívio aos cansaços de nossas almas. Quantos grupos e intérpretes e compositores estão surgindo – como fazer esta gente brilhar? Não tenho nenhuma noção da atualidade da indústria cultural no Brasil e no mundo. Eu só quero aprender a organizar meus escritos para publicar meus livros e os fazerem chegar aos leitores. Organizar, revisar, diagramar e o exercício da divulgação, um imenso enigma?! Quais os segredos para as obras circularem? Nestes anos já tivemos inúmeras estratégias. Hoje em dia quero o mínimo de pessoas nas minhas redes sociais. Quero para os poucos amigos que tenho. Tantos grupos de whatsapp de professores. E sempre a eterna tensão dos colegas para entregarem as documentações, que temos a fazer sempre. E quanto tempo nos sobra para debater e nos aperfeiçoarmos em nossas didáticas? Maneiras criativas e inovadoras de dar aulas planejadas, pensá-las. Tantos papéis, celulares, computadores – e o aprendizado realmente como está acontecendo? Os velhos pensadores da educação lidos e realmente refletidos? Digeridos? A vida é tão curta e o prazer de lidar com crianças, adolescentes e adultos. Sei de nossas responsabilidades, mas não iremos carregar o mundo em nossas costas.
Fiquem com o amigo Alê Freitas que descobri quando gravamos os CDs de poetas da cidade. “Cidade das Palavras e outros”. Quanto tempo já estou longe de projetos, embora não gosto do nome projetos. Eu realizo sonhos, utopias. Mesmo com os cabelos brancos, mantenho meus sonhos.

Joka Faria, João Carlos Faria

Primavera de 2020

Alê Freitas