E as bolsas despencam, o dólar sobe e o euro nas alturas. E nós, abaixo da linha do equador experimentamos os últimos dias de verão, antes que as águas de março o fechem e tragam folhas esparramadas pelo chão. Enquanto o sol queima a nossa pele, tem uma chance do vírus mortal não nos pegar de vez. Realmente é um vírus mortal ou é só mais uma histeria? Será que tem vírus que mata mais que esse corona ou ele é a bola da vez?
Estamos caminhando dia a dia para um abismo desconhecido. Imaginamos um apocalipse, um meteoro atrasado chegando às nossas cabeças de vento. No entanto, poucos se atentam para as mazelas diárias, piores do que um apocalipse descrito em nossas mentes teleguiadas por religiões, fanatismos e doideiras mil. A nossa luta diária, como frágeis humanos sem noção é dura e cruel, mas vamos amenizando com variados brinquedos, que distraem os incautos e os fazem esquecer a sina de reles mortais.
Se é verdade ou não (dura realidade que vivemos nos dias atuais), nunca sabemos direito no que acreditar, por isso, é melhor seguir os instintos, a dica da sobrevivência. As paranoias são uma forma de sobrevivência nesse mundo, porque ficar à mercê das coisas flutuantes, tornou-se perigo iminente dessas coisas caírem sobre as nossas cabeças de vento.
O mundo está apavorado, com a distância que diminuiu, o tempo que encurtou e as pessoas que se juntaram facilmente – dispostas no espaço e no tempo de forma sincronizada. O que fazer agora? Fechar as fronteiras, isolar-se? Ou arriscar tudo e viver simplesmente atravessando a rua sem olhar para os lados, como a Marla Singer fazia no “Clube da Luta”?!
Bom, como não temos saída, vamos vivendo um pouco por dia até ver onde vai parar tudo isso. De médico e de louco, todo mundo tem um pouco.
Elizabeth de Souza
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